Fonte:

11/Aug/2005 - 00:10

Segundo fontes do governo, Amadeu apresentou seu pedido de demissão há cerca de 15 dias, mas recebeu um pedido da ministra para continuar à frente do ITI, em virtude de seus trabalhos principalmente relacionados a software livre e certificação digital.
De acordo com executivos próximos, Sérgio Amadeu já tinha a intenção de deixar o ITI há alguns meses e voltar para São Paulo, mas decidiu aguardar as alterações na Casa Civil - provocadas pela saída de José Dirceu - para oficializar seu pedido de demissão.
José Dirceu, além de ser o líder da Casa Civil, órgão ao qual o ITI é vinculado, é amigo pessoal de Sérgio Amadeu. Na ocasião da saída de Dirceu, rumores de mercado informaram também a saída de Amadeu.
Até agora, no entanto, o diretor não deixou o órgão justamente para cumprir esse acordo com a ministra. Amadeu não deve sair até uma decisão da própria ministra para exonerá-lo do cargo, segundo as fontes.
Vários amigos pessoais de Amadeu e integrantes de órgãos que apóiam o software livre, como o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), já se manifestam para que Amadeu permaneça à frente do ITI para continuar com a política de implantação de código aberto no governo.
Apesar dos rumores, Sérgio Amadeu não quer falar sobre o assunto. Em entrevista recente ao IDG Now!, o diretor do ITI havia declarado ter certeza de ter cumprido sua missão e que a definição sobre a equipe ficaria a cargo da ministra.
Compasso de espera
No mês passado, Sérgio Amadeu comentou que a adoção de software livre pelos órgãos do governo federal poderá demorar mais do que os dois anos previstos inicialmente caso a verba de 200 milhões de reais estimada para o programa não seja liberada.
Isso porque, caso seja confirmada a não aprovação do Ministério do Planejamento sobre a verba solicitada, a migração dos sistemas proprietários para o código aberto terá um ritmo mais lento.
A declaração veio dias após a imprensa nacional publicar informações de que o Ministério do Planejamento reduziria em um quarto a verba solicitada, para 50 milhões de reais.
O plano de migração para software livre foi liderado por Sérgio Amadeu e apresentado a uma comissão técnica encarregada de analisar a viabilidade prática e financeira do projeto. Até o momento, não há uma definição sobre qual a verba será destinada realmente para o projeto.
Quarta-feira, 10 agosto de 2005 - 15:59
COMPUTERWORLD
Fonte: ComputerWorld
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