Fonte:
Na concorrência Nº 003/2005 (processo nº 55000.000287/2005-82), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) deixa de lado as orientações do e-PING e define soluções proprietárias de empresas americanas.
Na contra-mão da orientação do Governo Federal sobre a utilização de software livre e padrões abertos, algumas citações do edital já aliminam, de imediato, a possibilidade de soluções livres:
- "O Sistema será desenvolvido em Windows, em banco de dados relacional e, em alguns casos, em ambiente de Geoprocessamento ou CAD, utilizando, respectivamente, os softwares GeoMedia ou Microstation.", seção 7.2, página 20;
- "Desenho dos imóveis no ambiente CAD utilizando o Microstation.", seção 8.1 (b), página 21;
- "Ambiente operacional: O programa deverá ser processado em ambiente Web utilizando o software de Geoprocessamento GeoMedia e banco de dados relacional.", seção 8.2 (a - iv), página 22;
- "Ambiente operacional: O programa deverá ser processado no ambiente Web e banco de dados Oracle.", seção 8.3 (c - iv), página 24.
Com licitações neste formato, as empresas brasileiras que trabalham com software livre ficam impossibilitadas de desenvolverem tecnologia nacional, pois a preferência do edital é sempre para compra de pacotes de empresas americanas. De maneira pouco inteligente, tais concorrências tentam estabelecer a interoperabilidade das soluções fechando os produtos normalmente de um único fornecedor de solução proprietária, deixando de lado a possibilidade de adotar padrões abertos, tais como as especificações OpenGIS. Desta forma, mais uma vez o Brasil sai perdendo no setor de Geotecnologias, continuando a ampliar a dependência de soluções estrangeiras.
Fonte: Comunidade GEOLivre.org.br
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