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O diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sérgio Amadeu da Silveira, esteve reunido na tarde de hoje, 22/08, com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Sérgio Maurício Gaudenzi, para conversar sobre a utilização de software livre nas atividades do Programa Espacial Brasileiro.
Na foto Cláudio Filho, Sérgio Gaudenzi, Sérgio Amadeu e Edgard Piccino (ITI)
Entre as sugestões apresentadas por Sérgio Amadeu, destaque para a proposta de criação de uma rede colaborativa de desenvolvedores em software livre para a Agência, à exemplo da comunidade Agrolivre mantida pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e responsável por disponibilizar livremente dezenas de códigos-fontes de softwares para o setor agropecuário. “Acreditamos que esse projeto atrairá muitas pessoas, como estudantes de Ciências da Computação, por exemplo, interessados em colaborar com o desenvolvimento de programas de computador para a Agência Espacial Brasileira”, prevê Amadeu.
Presente ao encontro à convite do presidente do ITI, o mantenedor do projeto "OpenOffice.org", Cláudio Ferreira Filho, fez uma apresentação destacando as vantagens dos programas de código aberto ou livres e lembrou que, tanto a Agência Espacial Americana (Nasa) como a Agência Espacial Européia (ESA), utilizam essencialmente este tipo de tecnologia. “É necessário ter o domínio do código-fonte dos programas, principalmente em serviços de missão crítica como é o caso dos lançamentos espaciais”, observou.
As propostas foram bem recebidas pela Agência Espacial que, desde janeiro de 2004, iniciou o processo de migração para software livre nas suas estações de trabalho. Atualmente, 100% dos desktops da AEB contam com a súite de escritório "OpenOffice.org", enquando avança a migração dos sistemas operacionais desses equipamentos. Em relação aos servidores, 80% deles rodam sob a plataforma "FreeBSD".
Ao final da apresentação o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, comemorou: “Tenho certeza de que o trabalho colaborativo poderá agregar muito valor às ações da Agência Espacial Brasileira”, disse, anunciando que o órgão procurará conhecer melhor o sistema da Rede Agrolivre, além de buscar maior integração com as iniciativas de utilização e desenvolvimento em software livre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e dos órgãos militares subordinados ao Ministério da Aeronáutica, instituições também vinculadas ao Programa Espacial Brasileiro. “É importante que todo mundo da nossa área fale a mesma linguagem”, defendeu Gaudenzi.
Fonte: ITI
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