Técnicos da Celepar e da Defesa Civil forneceram, quinta-feira (03), informações e códigos necessários do Sistema de Defesa Civil do Paraná (SisDC) para representantes de Minas Gerais. Com isso, o software será implantado naquele estado e, segundo o capitão Anderson Passos da Defesa Civil mineira, entrará em funcionamento ano que vem, antes da próxima estação de chuvas no Sudoeste.

“Temos todos os dados para implantar o sistema em Minas. O Paraná também nos ofereceu apoio para treinar os nossos operadores”, contou o capitão Anderson. Com o sistema, a central de Defesa Civil pode receber pela internet, em tempo real, informações de ocorrências em todo o Estado.

“Vamos sair dos relatórios em papel, que são lentos e sujeitos a interpretações e dúvidas”, explicou Anderson. Além da agilidade e exatidão, outra vantagem do SisDC é a formação de um banco de dados com todas as ocorrências registradas. O Paraná já tem, em quatro anos de funcionamento, cerca de 3,5 mil relatórios.

O SisDC também emite relatórios por regiões ou períodos e ainda permite que os operadores do sistema cadastrem voluntários e prefeituras para que tenham acesso ao sistema, o que aumenta a quantidade de informações à disposição da Defesa Civil.

Criado pela Celepar em software livre, o sistema já está em uso no Rio Grande do Sul. Estados do Norte e Nordeste também já demonstraram interesse no SisDC. Pelas parcerias, o Paraná cede todos os códigos do programa e oferece assistência na implantação.

PARANÁ - A primeira versão do sistema no Paraná foi implantada em 2005 e já passou por várias melhorias. Atualmente, o SisDC permite desde o registro da ocorrência através de formulário específico, até o reconhecimento formal pelo Governo do Estado, contemplando notificação preliminar de desastre, avaliação de danos, emissão do decreto municipal e declaração de situação de emergência ou estado de calamidade pública

O acompanhamento de todo o processo é feito pela internet, com a situação atual e informações dos registros de ocorrência, inclusive através de imagens. Também existe um chat para a comunicação com o responsável pelo registro e a estrutura administrativa.

O sistema já foi apresentado em conferências e reuniões em todo o país. “Se os desastres não conhecem as divisas geográficas, porque nós faríamos isso?”, explica o chefe da Seção Operacional da Defesa Civil, tenente Eduardo Gomes Pinheiro.

Com quatro anos em funcionamento, a Defesa Civil do Paraná tem experiência nos possíveis problemas e necessidades do software, o que facilita a sua adaptação em outros locais. Em Minas Gerais, por exemplo, o sistema passará por modificações, já que o estado possui o maior número de municípios do Brasil, com 853.


Fonte: HNews