16 de Setembro de 2009 - 12h03 - Última modificação em 16 de Setembro de 2009 - 12h03
Acordo para compra de submarinos vai gerar 44,8 mil empregos, diz Jobim
Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O acordo firmado para a compra de submarinos franceses deverá gerar cerca de 44.800 empregos diretos e indiretos no país. A afirmação foi feita hoje (16) pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, durante audiência pública realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado, destinada a esclarecer detalhes do acordo militar fechado com a França para compra de helicópteros e submarinos.
“Serão beneficiados diretamente 21 setores de atividade econômica e, indiretamente, outros 19. Além disso, nossa previsão é de que sejam gerados cerca de 11.300 empregos diretos e 33.500 indiretos”, informou Jobim.
Segundo ele, os benefícios deverão abranger os setores naval químico, telecomunicações, elétrico, eletrônico, metalúrgico, mecânica pesada, motores, informática, construção civil, transporte, tecnologia de informática, armamentos e de munição.
“Há também acordos de contrapartida que permitirão a nacionalização de mais de 36 mil itens, com transferência de tecnologia, tanto para os submarinos convencionais como para os de propulsão nuclear”, acrescentou o ministro.
Jobim lembrou que apenas a tecnologia nuclear não será transferida. “A tecnologia nuclear será nossa, uma vez que nenhum país do mundo transfere tecnologia nuclear”, disse.
“Mas todo o restante será transferido, o que inclui os sistemas de combate, como a integração entre sonar e direção de tiro, além das demais partes, como casco, sistema de controle de imersão, sensores elétrico de propulsão, entre outros. Todos serão construídas no Brasil” , completou.
O ministro defendeu que os dois tipos de submarinos que estão sendo adquiridos – convencionais e de propulsão nuclear – são complementares para a defesa das águas brasileiras. Apesar da maior limitação dos submarinos convencionais, eles serão de grande relevância para atividades realizadas no Rio Amazonas e na área mais próxima do litoral brasileiro, enquanto os de propulsão nuclear atuariam em águas mais profundas.
O acordo envolve R$ 22,5 bilhões, mas os negócios com a frança podem ser ampliados, com a possibilidade de o governo brasileiro adquirir 36 caças modelo Rafale.
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