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03/Aug/2005 - 15:58
O uso do software livre, apesar do preço, pode ser confuso e dispendioso para empresas. Uns poucos programas de distribuição gratuita, como o sistema operacional Linux e o servidor da Web Apache, ficaram bem conhecidos, mas sua eficiência ainda não está comprovada.
Portanto, as empresas freqüentemente precisam fazer seus próprios testes e aprimoramentos para ver se tais programas de código aberto - softwares que os programadores podem modificar ou aperfeiçoar livremente - funcionam de forma confiável. Esse obstáculo tem desacelerado a sua adoção.
Para tratar do problema, a Carnegie Mellon University, a Intel e a SpikeSource, uma empresa que apóia e testa projetos de código aberto para empresas, criaram um sistema de classificação destinado a diminuir a confusão e as conjecturas na avaliação de tais softwares. A iniciativa, denominada Business Readiness Ratings, foi anunciada ontem na Convenção de Código Aberto O'Reilly, em Portland, Oregon.
O sistema de classificação, dizem os patrocinadores, empregará um modelo com notas estabelecidas por aqueles que usam os programas. A idéia pode ser vista como uma versão para software do guia de restaurantes Zagat, pelo qual os clientes determinam a classificação.
Serão analisadas 12 categorias, incluindo funcionalidade, facilidade de uso, qualidade, segurança, documentação e assistência técnica, com nota de 1 a 5. Haverá, também, ferramentas de filtragem, para que um usuário empresarial possa especificar suas considerações mais importantes. O sistema está descrito em www.openbrr.org.
"Nós demos a partida aqui, mas isso vai viver ou morrer conforme a aceitação e a participação da comunidade", disse Anthony Wasserman, professor da Carnegie Mellon University. O sistema parece promissor, dizem alguns usuários empresariais.
A Fidelity Investments, empresa de fundos mútuos, usa software livre por mais de dois anos para construir aplicativos sob medida e o processo de teste tem sido árduo. "Se tivesse havido uma iniciativa como essa há dois anos, poderíamos ter progredido muito mais", disse Charlie Brenner, vice-presidente sênior da Fidelity.
As empresas querem gastar tempo e dinheiro construindo softwares úteis, que possam ajudar a ganhar clientes e melhorar serviços e não ficar avaliando blocos de software por conta própria, disse Kim Polese, presidente da SpikeSource.
O Estado de São Paulo - Economia - //02/08/2005
Fonte: Estadão
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