segunda-feira, setembro 05, 2005

Sistema Zeta é opção ao Windows e ao Linux




Fonte:



BRUNO GARATTONI
da Folha de S.Paulo

Windows, Linux e Mac OS não são os únicos sistemas operacionais compatíveis com o PC. Há também o BeOS, um programa tão desconhecido quanto influente. No final dos anos 90, a Apple procurava um sistema para substituir seu sistema operacional, que na época estava perdendo espaço para o Windows. A empresa cogitou comprar o BeOS, mas fechou negócio com Steve Jobs, que trouxe seu software, o NeXT OS, usado como base do Mac OS X.

Na época do Windows 95/98, os usuários domésticos de PC não dispunham de um sistema operacional que combinasse estabilidade, velocidade e facilidade de instalação. Por isso, o BeOS chegou a ser baixado por 1 milhão de usuários, mas a Microsoft impediu que os fabricantes de micros oferecessem o programa. Em 2003, a empresa de Bill Gates fez um acordo judicial e pagou US$ 23 milhões aos criadores do BeOS, mas era tarde: a Be Software já havia quebrado.

O BeOS está de volta. Agora, ele se chama Zeta e é desenvolvido pela pequena empresa alemã Yellow Tab (www.yellowtab.com), com 42 funcionários.

O sistema continua rápido: numa máquina antiga, com chip Athlon de 950 MHz e apenas 128 Mbytes de RAM, o Zeta se mostrou bem mais ágil do que o Fedora Linux e o Windows XP (que mal roda nesse PC). O reconhecimento do hardware da máquina, um Compaq Presario, foi perfeito. Ainda bem, pois o gerenciador de periféricos é difícil de usar, inferior ao do Windows. Outra falha é a ausência de um mecanismo de atualização do sistema via internet.

O pacote de escritório Gobe Productive 2.0, que é a única opção real na plataforma BeOS (e vem incluso no Zeta), lembra o antigo e limitado AppleWorks. Apesar disso, ele tem compatibilidade com arquivos do Microsoft Office e dá conta de pequenos trabalhos. O navegador é o Firefox 1.0.3, e a renderização das páginas é boa: as fontes não ficam distorcidas (como às vezes ocorre em navegadores para Linux).

O Zeta vem com tocador de áudio e atalhos para algumas rádios on-line, mas não toca vídeos DivX sem um programa específico -considerando que o Windows também não suporta DivX nativamente, isso é aceitável.

A interface gráfica é bem parecida com a do antigo BeOS 5, mas resistiu bem à passagem do tempo: os ícones ainda são atraentes, e a área de trabalho minimalista é um diferencial em relação ao Windows.

Na Europa, o Zeta custa 99 euros. Ele ainda não foi oficialmente lançado no Brasil.

Outra opção é baixar e experimentar gratuitamente o BeOS 5 Personal Edition for Windows, antecessor do Zeta. Essa versão, que está em www.bebits.com/app/2680 (download de 43 Mbytes), não requer o particionamento do disco rígido, mas não garante compatibilidade com discos rígidos NTFS, ou seja, pode não funcionar em máquinas que têm o Windows XP.


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