Por Tarmo Virki

STUTTGART, Alemanha, 2 de setembro (Reuters) - A maior fabricante mundial de celulares, Nokia, reforçou sua linha de celulares inteligentes nesta quarta-feira, para melhor combater a Apple, e anunciou parceria com o site de redes sociais Facebook para um novo serviço baseado na localização dos usuários.

Os anúncios, realizados durante o evento "Nokia World" em Stuttgart, são a mais recente tentativa de reação do grupo finlandês, que foi deixado para trás pela Apple em termos de inovação, enquanto o foco do setor de celulares muda para serviços e software.

A Nokia está à procura de oportunidades de negócios para a oferta de serviços como downloads de música ou jogos para usuários de celulares, à medida que o mercado de celulares amadurece, mas até o momento suas ofertas não ganharam muita força.

Na quarta-feira, a empresa revelou celulares musicais X6 e X3, que serão colocados à venda no quarto trimestre a preços de 450 euros (641 dólares) e 115 euros, respectivamente. O X6 terá capacidade para 35 horas de música e contará com 32 gigabytes de memória interna.

A empresa também revelou uma nova versão do celular inteligente N97, com preço de 450 euros, e anunciou que estava a ponto de superar as 2 milhões de unidades vendidas, com o N97 original.

A Nokia informou que o modelo topo de linha, N900, será vendido por 500 euros. O aparelho, que oferece funções semelhantes a um computador, será o primeiro da empresa finlandesa a ser equipado com Linux. O anúncio do modelo, na quinta-feira passada, ajudou a elevar as ações do grupo em 11 por cento na semana.

A parceria com o Facebook permitirá que os usuários dos aparelhos da Nokia com cadastro no serviço Ovi poderão atualizar suas contas na rede social diretamente do aparelho. O primeiro celular a ser compatível com o serviço será o N97 mini, que começa a ser vendido em outubro.

A Nokia divulgou ainda o netbook Booklet 3G, que marca sua estreia no segmento, será vendido por 575 euros e utilizará o sistema operacional Windows 7, da Microsoft.

Com a decisão de produzir laptops, a Nokia está atravessando as fronteiras entre dois segmentos convergentes em direção oposta à da Apple, que em 2007 ingressou no setor de celulares ao lançar o iPhone.

A Nokia registrou queda em sua margem de lucros nos últimos trimestres, com a recuo na demanda por celulares, e os analistas se preocupam que concorrer no setor de computadores, cujas margens são tradicionalmente ínfimas, possa prejudicar ainda mais a lucratividade da empresa.

Fonte: G1