8 de Setembro de 2009 - 16h48 - Última modificação em 8 de Setembro de 2009 - 20h25
Cenário mundial favorece exportação de soluções brasileiras em tecnologia da informação
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O cenário mundial atual é muito positivo para as empresas brasileiras de software (programas de computador) e tecnologia da informação (TI), principalmente no que se refere à exportação de serviços.
A afirmação é do diretor do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Alberto Blois que coordena o Fórum de Negócios do Rio Info 2009 - 7º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios. O evento, promovido pelo sindicato, começa amanhã (9), no Rio de Janeiro.
Segundo Blois, a crise financeira internacional acelerou processos que favoreceram as empresas nacionais. “Porque você não consegue se tornar mais eficiente e menos custoso sem ter investimentos em TI. E o Brasil é, sabidamente, um produtor de soluções na área de TI que funcionam, que têm aplicação, que têm sucesso”.
Blois disse que o Brasil é o grande fornecedor de soluções para a área de tecnologia da informação do momento, não só em termos de codificação, mas, principalmente, “de uma forma nobre mesmo, com soluções, com ideias e experiência”.
De acordo com o diretor do Seprorj, esta edição do evento com maior número de participantes de empresas estrangeiras. Até agora, são cerca de 50 representantes de sete países, que vêm ao Brasil em busca de oportunidades de negócios e parcerias com empresas nacionais. “A gente entende que o Brasil pode agregar soluções às de outros países. Não só fornecer, mas compor soluções”.
Blois avaliou que, no entanto, o Brasil não está bem suprido em termos de linhas de financiamento. Como o setor é formado em grande parte por micro e pequenas empresas, ele afirmou que seriam necessários juros menores e melhores garantias para facilitar o acesso das empresas ao financiamento hoje existente.
“As empresas de TI não têm garantias físicas. Você não tem matéria-prima. Tem serviço, que é uma coisa completamente intangível.” Por isso, a reivindicação é para que haja melhor compreensão por parte dos agentes do sistema financeiro em relação ao setor de serviços de forma geral.
Ele ressaltou que o setor de informática e TI tem contado com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex-Brasil), por meio do programa Softex, que dá suporte a ações na área da internacionalização. “Mas são recursos parcos. A gente precisaria de muito mais para fazer outras coisas”, disse. Segundo Blois, os resultados do programa são muito bons, apesar da carência de recursos.
As oportunidades de exportação para as empresas nacionais de TI e linhas de financiamento serão debatidos no 2º Encontro Regional de Exportação de Serviços - Setores de Software e TI, que será realizado no Rio Info, a partir de amanhã (9).
Edição: Lana Cristina
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