10 de Setembro de 2009 - 06h46 - Última modificação em 10 de Setembro de 2009 - 09h46
Brasil e Portugal querem ampliar parcerias nas áreas de software e tecnologia da informação
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Parcerias entre empresas portuguesas e brasileiras das áreas de informática e tecnologia da informação (TI) podem facilitar as exportações do setor do Brasil para a Europa e fortalecer as soluções ante a Índia. A opinião é do diretor da Associação Nacional de Empresas de Tecnologias de Informação e Eletrônica de Portugal (Anetie), Fernando Fernández, e foi dada durante o Rio Info - 7º Encontro Nacional de Tecnologia e Negócios, que está sendo realizado na cidade.
Ele disse que o Brasil conhece pouco as empresas portuguesas do setor de software (programas de computador) e TI. Por isso, uma delegação daquele país participa amanhã (11), no Rio Info, da Mostra Tecnológica de Portugal.
“O objetivo é divulgar o setor, mostrar como ele opera”, disse Fernández. Segundo ele, cada vez mais as empresas portuguesas estão ultrapassando as fronteiras nacionais e se voltando para os mercados europeu e africano. “Nós queremos crescer para além do mercado português. Mas também precisamos nos reforçar, porque somos poucos. E não podemos atacar a Europa sozinhos. De modo que a parceria com as empresas brasileiras pode ser muito interessante para complementar o que sabemos fazer”.
Existem atualmente cerca de 4 mil empresas de TI em Portugal, enquanto no Brasil somente o estado do Rio de Janeiro abriga aproximadamente 5 mil empresas do setor. O diretor do Sindicato das Empresas de Informática do estado (Seprorj), Alberto Blois, afirmou que o Rio está promovendo uma nova onda de aplicações e de inovações ligadas à área de mobilidade e internet, investindo sobretudo em empresas mais jovens.
“O que a gente está tentando fazer é uma revolução na área de tecnologia. E a tecnologia pode ser um grande estímulo ao desenvolvimento social, porque são bons salários, bons empregos, empresas que não poluem, que funcionam só com a cabeça. E uma coisa é certa: empresa de informática, para crescer, precisa dar emprego. Precisa ter mais gente desenvolvendo dentro dela”, destacou Blois. Para ele, essa é uma atividade que proporciona crescimento sustentável e saudável do ponto de vista econômico e ambiental.
O diretor do Seprorj observou também que a tendência de internacionalização do setor de TI brasileiro é um caminho que não tem volta. Lembrou que o Brasil tem um mercado interno grande e aquecido, mas que as empresas precisam se preparar para ganhar o mercado internacional. “Nesse sentido, a gente está buscando em Portugal, principalmente, parceiros para internacionalizar. A visão é fazer negócios”.
Segundo Blois, a internacionalização vai promover desenvolvimento importante para as empresas e para o setor em geral, como competência técnica e comercial. Ele destacou o grau de inovação e competência apresentado pelas empresas brasileiras e portuguesas, o que pode ser favorável à maior concorrência com a Índia.
Fernando Fernández acrescentou que as companhias bilaterais do setor de TI têm capacidade técnica e de inovação muito grande. “É uma coisa da nossa cultura comum”. A grande vantagem das empresas de informática e TI do Brasil e de Portugal, entretanto, é a capacidade de perceber as necessidades dos clientes, afirmou. “Essa é a nossa grande vantagem competitiva em relação aos indianos e aos chineses. É compreendermos o negócio, inovar no negócio do cliente e trazer valor agregado”.
A meta da Anetie e do Seprorj é aumentar o número de empresas de TI nesse processo, incentivando novas parcerias, novas fusões e joint-ventures (associações), disse Blois.
Edição: Graça Adjuto
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