A opção estratégica pelo software livre em empresas como o Serpro, Caixa e Banco do Brasil proporcionou o investimento imediato na inteligência de tecnologia da informação brasileira.

Empresas Públicas e outros órgãos de governo como Serpro, Caixa e Banco do Brasil integram um grande grupo para o qual investir e desenvolver software livre já é uma realidade. As experiências destas instituições foram o objeto do debate Casos de Sucesso do SL no Governo Federal, segunda atividade no auditório Santos Dumont, no Consegi 2009.

O vice-presidente de Tecnologia e Logística do Banco do Brasil, José Luiz Salinas, destacou que, além dos 5 mil servidores de agência baseados em plataformas abertas, das mais de 100 mil estações de trabalho com BrOffice implantado e ainda os mais de 2 mil telecentros que promovem a inclusão digital em todo o país, o grande resultado deste investimento está no aprendizado que ela proporciona.

A independência tecnológica proporcionada pela substituição de programas proprietários deverá proporcionar, ainda no BB, uma economia de cerca de R$ 110 milhões. "Isso nos permite investir no relacionamento com os clientes, na eficiência do atendimento", declarou Salinas. Os terminais de auto-atendimento devem, baseados em SL, incorporar com maior rapidez evoluções como reconhecimento de cédulas, pagamento com troco, identificação de assinatura em cheques e outros avanços.

Caixa Econômica

A confirmação de que o SL é uma opção estratégica veio na fala da vice-presidente de tecnologia da Caixa, Clarice Coppetti. As plataformas livres são utilizadas nas mais de 500 milhões de transações de negócios, como crédito, depósitos, financiamentos, saques, pagamento do Bolsa Família e outros. A tecnologia aberta é também a base de sustentação das 10 mil casas lotéricas e ações de responsabilidade social e empresarial.

Coppetti ressaltou que a Caixa, atual responsável pela coordenação do Protocolo de Brasília, que defende a uso do padrão ODF, tem exigido nas licitações de contratação o desenvolvimento de programas abertos e participação dos analistas em comunidades relacionadas à tecnologia adotada.

Integração governo e sociedade

A participação do secretário executivo do Ministério da Fazenda e representante do Ministro Guido Mantega, Nelson Machado e do diretor-presidente do Serpro, Marcos Mazoni, corroboraram com o trabalho colaborativo entre órgãos de governo que resultam na melhor prestação de serviços ao cidadão.

Na abertura do debate, Mazoni ressaltou a adoção do SL como uma questão filosófica e não só econômica. “É a articulação entre instituições de governo para trocar códigos e trabalhar cooperadamente. Nós nos preocupamos em formar ecossistemas”, afirmou o presidente do Serpro.

O Secretário Nelson Machado lembrou que a tecnologia deve trazer melhorias para a população. Ele encerrou a atividade afirmando que avanços, como o fim das filas dos segurados da previdência social, têm a evolução da TI por trás, além de outros exemplos como a ampliação da gama de serviços prestados pela Receita Federal ao contribuinte.


Fonte: Serpro