O painel "Software Livre nos Municípios" trouxe relatos das experiências de migração para a plataforma aberta nas prefeituras de Rosário (Argentina), Unaí (Minas Gerais) e Fortaleza (Ceará).

A resistência à mudança, as opções de ferramentas de software livre, a preocupação em analisar os processos legais, as pesquisas e a persistência de fazer acontecer essa implementação deram o tom da explanação dos palestrantes.

SL para e-gov
A prefeitura de Rosário já conta com 95% dos servidores em plataforma Linux. Em 2005, um decreto regulamentador consolidou o processo migratório iniciado em 1996. Para Patrícia Giardini, as experiências iniciais contaram com o apoio do executivo face as vantagens tecnológicas do código aberto. "A necessidade de atender as crescentes demandas do governo eletrônico - seguridade, acessibilidade, interoperabilidade e qualidade dos serviços - foi primordial para que o software livre fosse adotado no órgão. Os benefícios são percebidos pelos cidadãos, que já contam com 25 soluções para acesso. Na prefeitura, 3.500 servidores acessam 50 soluções de catálogo de serviços", informou Giardini, que convidou a todos para conhecer os detalhes desse processo no sítio www.rosario.gov.ar.

TI pública é um bem coletivo
O coordenador de TI da prefeitura de Fortaleza, Cristiano Therrien, explicou que o investimento em TI pública é um bem coletivo. Desta forma, a prefeitura cearense é uma das que mais investe na plataforma livre. "No Plano Diretor de TI tem-se a consciência que o SL é a principal forma de contribuir com o desenvolvimento social coletivo, parte de sua responsabilidade pública. A migração acontece progressivamente e a capacitação dos servidores é permanente. O envolvimento político é fator importante nesse processo," explicou Cristiano.

Multiplicação do saber
A Câmara Municipal de Unaí deu início a migração para a plataforma livre em 1998. Hoje 63% dos serviços usam software livre. Thiago Torres mencionou que, além das vantagens do software - menor manutenção, segurança na rede, flexibilidade e economia - o compartilhamento é o grande diferencial. "Experiências e práticas bem sucedidas de algumas empresas - Interlegis, Serpro, Celepar - contribuiram para que implementassemos o SL na nossa prefeitura. A equipe é pequena, mas não teve medo de se capacitar e aprimorar seus conhecimentos e trocar ideias com outras pessoas para que este projeto se torna-se realidade. O segredo está na multiplicação do saber", avaliou Torres.


Fonte: Serpro