O Ministério da Ciência e Tecnologia e a Casa Civil trabalham na elaboração de um White Paper, a ser apresentado ao WiMAX Fórum, em setembro, a tempo de ser apresentado na WiMAX Conference, no fim de outubro, em Taiwan, descrevendo o modelo proposto e a viabilidade de desenvolvimento e produção de um chip a ser embarcado no conversor para uso do WiMAX na frequência de 700MHz como canal de retorno da TV Digital.

Por conta disso, a Casa Civil, na figura de seu assessor especial da ministra Dilma, André Barbosa, já iniciou as discussões no âmbito do Programa de Apoio à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (ProTIC). O intuito é assegurar recursos públicos para a criação de um consórcio de universidades brasileiras interessadas em desenvolver a tecnologia no menor espaço de tempo, com maior qualidade.

"Queremos fazer com essa questão do canal de retorno o mesmo que já fizemos com outros aspectos da TV Digital, mobilizando as universidades e centros de pesquisa do país", explica.

Esse consórcio, segundo André Brabosa, tem grandes chance de ser apoiado pelo WiMAX Fórum, do qual participam grandes empresas como a Motorola, a Intel, etc. Tudo dependerá do quanto o Brasil avançará na proposição até setembro.

"Acreditamos que temos condições técnicas de resolver essa questão, provar que há viabilidade para o desenvolvimento e escala para produção", atesta André Barbosa.

Já faz algum tempo que o WiMAX Fórum decidiu apoiar o desenvolvimento de produtos para a freqüência de 700 MHz. A idéia é expandir as possibilidades de padrões tecnológicos abrindo, assim, novas oportunidades de mercado.

Também já há algum tempo, a entidade anunciou planos de ter um laboratório de certificação credenciado no Brasil, a exenplo do que já acontece em outros países da Europa e da Ásia.A Casa Civil já arregaçou as mangas. Resta saber o quanto de apoio terá na empreitada.

Sabe-se que um primeiro rascunho do paper já está circulando entre membros da equipe inicial do projeto que, sabidamente, envolve pesquisadores da USP e Unicamp, com apoio da Intel.

Fonte: Convergência Digital