O CP1 é uma das atrações da área de Robótica da segunda versão brasileira do maior encontro de Internet e cultura digital do planeta, que acontece em São Paulo até domingo. CP1 já nasce fazendo história. O robô vem sendo construído durante a Campus Party Brasil 2009 (seu nome é uma homenagem ao evento) e será demonstrado no sábado, às 19h, na festa de encerramento. A área de Robótica é a responsável pela criação do primeiro robô humanóide do País, totalmente composto por tecnologias livres (abertas), o que tem permitido que os campuseiros de todas as áreas colaborem com o projeto, discutindo e melhorando sua mecânica, elétrica, design e programação. “É a primeira iniciativa desse tipo no Brasil”, conta Alexandre Simões, professor de Robótica e Inteligência Artificial da Unesp e coordenador de Robótica da Campus Party. “O principal de expor nosso trabalho aqui no evento é contar com a colaboração dos participantes e começar a criar uma cultura de robôs, que não existe no País. É importante mostrar que o robô pode estar dentro das casas e não somente nas linhas de produção das grandes fábricas”, explica Simões.

O CPI, que pesará 40kg e terá por volta de 1,80m, está sendo aperfeiçoado por 15 especialistas, que trabalham diretamente no projeto, e mais 60 colaboradores. “Fizemos, por exemplo, um concurso para escolher a melhor mão, para que os campuseiros pudessem apresentar seus próprios trabalhos. O nosso ponto mais crítico são as pernas, que dão sustentação para todo o robô”, detalha Simões.

Palestras e cursosA área de Robótica é, sem dúvida, uma das mais populares da Campus Party. Sua programação inclui oficinas, palestras, cursos e demonstrações sobre os diferentes aspectos da construção de um robô, como visão robótica, fabricação de placas de circuito impresso e resina aplicada à robótica. “Eu já esperava esse sucesso, porque é muito difícil achar essa gama de informação em eventos e porque o público da robótica é muito interessado e interage. Além disso, é uma área muito visual e interdisciplinar”, conta o coordenador.

Marcos Vinícius Cavinato, de 19 anos, confirma a afirmação, enquanto trabalha em um robôs, depois de assistir ao curso de Arnaldo Ortiz, da Lego Education. “Sou da área de Desenvolvimento, mas estou fazendo os cursos, porque é muito legal ver a aplicação direta do nosso conhecimento”.