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O projeto Casa das Sementes Livres é uma das ações da Escola da Mata Atlântica, que tem o principal objetivo de coletar, armazenar e distribuir sementes,  para a expansão das sementes caboclas, livres de modificações genéticas e patentes. Esta ação vem ao encontro das ideias da Cultura Livre, difundidas pela comunidade Software Livre. É por isso que dois bancos de sementes livres apoiados pela ASL - Associação Software Livre - estão presentes no fisl10, apresentando seus produtos agroecológicos e firmando pontos comuns de resistência contra a privatização e a mercantilização dos bens coletivos.

Conforme a integrante do projeto, Tainá Mie Soares, cada vez mais é necessária a união dos grupos que lutam pela liberdade da tecnologia em todas as áreas. "Assim como a comunidade do Software Livre, lutamos pelo compartilhamento do conhecimento e contra as patentes", salienta. Tainá também explica que a distribuição de sementes livres, sem modificações genéticas e sobre as quais não incida nenhuma patente, é uma forma de resgatar a cultura dos povos e reintroduzir nas famílias alimentos livres de agrotóxicos. "É uma importante forma de preservar sementes, que possam ser guardadas e distribuídas entre a comunidade, plantadas e multiplicadas, longe da pressão das corporações produtoras de sementes híbridas e transgênicas", explica.

O Núcleo de Ecologia e Agriculturas Guayí, localizado em Porto Alegre, trabalha em parceria com a ASL no Projeto Germinar para uma agricultura livre de transgênicos, agrotóxicos e de sementes proprietárias. A partir desta integração que foi possível viabilizar a Casa de Sementes Livres de Aldeia Velha.