TV Digital: Falta de governança emperra acesso da Radiodifusão às linhas de crédito do BNDESJune 2, 2009, by Portal do PSL-Brasil - No comments yetViewed 3 timesO chefe do departamento de telecomunicações do BNDES, Alan Fischler, diz que o grande entrave para a liberação de recursos acontece na primeira fase das análises de pedidos de financiamento. Segundo ele, ao exigir demonstrações contábeis auditadas, o BNDES, na prática, restringe o acesso de empresas, pouco acostumadas com essa cultura. São poucos radiodifusores com balanços consolidados e auditados no país.
"O setor não estava acostumado a esse tipo de exigência. Até porque nunca teve acesso aos bancos para créditos. Então, eles estão se deparando com requisitos, até então, desconhecidos por eles", detalhou Fischler.
"Acontece que a radiodifusão é tratada como todos os outros setores contemplados com recursos do BNDES. Essas são exigências normais do sistema financeiro. E são condições pesadas mesmo", completou o executivo.
Fischler apresentou as linhas de financiamento disponíveis no PROTVD, o programa do BNDES para financiamento da TV Digital, no 25º Congresso da Abert(Associação Brasileira de Radiodifusores), que está sendo realizado esta semana, em Brasília.
Essas linhas são subdivididas em empréstimos para radiodifusão, fornecedores, produção de conteúdo e consumidor sendo esta última a que financia o varejo para a aquisição e venda, com juros abaixo do mercado, dos set top boxes, os conversores de sinal digital para TVs analógicas."Esse ainda não decolou porque o volume de vendas de conversores não aconteceu com força até agora", admite Fischler.
Mas não é o único com pouca adesão. "Até agora foram aprovados financiamentos para mais ou menos 10 empresas e são poucas dezenas de milhões de reais. Uma gota no oceano para um banco que tem R$ 120 bilhões em carteira", reconhece o chefe do departamento de telecom do BNDES. O primeiro deles foi para o SBT. Os valores não foram revelados, mas segundo Fischler o maior dos desembolsos foi inferior a R$ 20 milhões.
"Mesmo que os financiamentos dobrassem, ainda seriam irrisórios para as possibilidades do banco", emenda. Fischler acredita que o movimento em busca de recursos no BNDES será impulsionado com o processo de digitalização das emissoras fora dos grandes centros, onde a potência das antenas digitais pode ser menor e por isso podem se valer de equipamentos nacionais, uma vez que o Banco não financia equipamentos importados, a não ser em casos excepcionais.
Além disso, ele confia na organização do setor."Quando foram lançadas [as linhas], as pessoas se surpreenderam com as exigências, mas já tiveram tempo de se organizar contabilmente, financeiramente. Pelo menos àquelas que estão seriamente interessadas", completa o chefe de Telecomunicações do BNDES.
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