Durante o 25º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, promovido pela Abert, em Brasília, o consultor da entidade e vice-presidente de Relações Institucionais da Globo, Evandro Guimarães, defendeu a importância da frequência continuar com as emissoras. Segundo ele, a retirada pode significar que o interior do país ficará sem TV Digital.

“Esperamos que haja bom senso. Temos utilizado os 700 MHz para serviços ancilares a dezenas de anos, e fazemos isso para um serviço gratuito. Não pode é, por parecer conveniente, transferir isso para um serviço que é pago”, reclamou Guimarães ao prometer que o setor vai lugar para manter a frequência. Segundo ele, os 700 MHz são utilizados para a retransmissão de sinais e, sem a frequência, haverá cidades no Brasil sem acesso à TV Digital.

A Anatel já realizou até uma consulta pública (22/2008) onde sugeriu a designação das faixas de 700 MHz – assim como as de 2,5 GHz e 3,5 GHz – para o SMP. A grande preocupação da Abert é de que essa decisão seja tomada diretamente pela agência reguladora, no que entendem será um prejuízo da radiodifusão. A Anatel já vem discutindo o fatiamento da faixa de 2,5 GHz, também com ganhos para o setor de telefonia – nesse caso, em detrimento dos serviços de TV por assinatura via MMDS.