Governo mantém aceso o projeto de atrair uma indústria de semicondutoresJune 2, 2009, by Portal do PSL-Brasil - No comments yetViewed 24 timesNo estudo, a Abinee concentra seus alvos na necessidade de consolidar, no médio e longo prazo, a indústria local e componentes. Para isso, sugere a criação do PADIC - Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Componentes, com isenção de imposto de renda pessoa jurídica, e redução a zero das alíquotas do iPI, PIS, PASEP, COFINS, inclusive para importação de insumos e maquinário. A contrapartida do setor seria o investimento de 2% do faturamento da empresa para Pesquisa e Desenvolvimento.
Com relação à proposta - criação do PADIC, nos moldes do PADIS - Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Indústria de Semicondutores, criado no Programa de Acelaração de Crescimento (PAC), lançado pelo governo Lula, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse que vai levar a proposta para o Forum de Desenvolvimento, criado na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP).
O ministro preferiu não tecer maiores comentários sobre a idéia, mas ao ser questionado se o Brasil teria, de fato, condições de atrair uma indústria de semicondutores, Miguel Jorge não hesitou. "Tenho convicção. A crise nos atrapalhou, mas há negociações", disse.
Miguel Jorge, no entanto garantiu que nessas negociações não está o acordo firmado entre o Brasil e o Japão para a escolha do padrão nipo-brasileiro para a TV Digital. Segundo ele, esse caso está sendo negociado diretamente pelo Ministério das Comunicações. "Não perdemos a janela de oportunidade, posso garantir. A indústria de semicondutores é uma prioridade", completou.
O Secretário da SEPIN (Secretaria de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia), Augusto Gadelha, foi mais realista. Ele disse que a grande aposta do Brasil não está na atração dos gigantes como a Intel para o país, com o seu chip tradicional.
"Esses investimentos são altos e estão centralizados", disse. Segundo Gadelha, a hora é de apostar no mercado de nicho, como ocorre, agora, com a CEITEC, primeira design house do país, que está entralizando seus esforços em tecnologias como o RFID.
"Não adianta remar contra a maré, Vamos encontrar nichos. O esforço do CEITEC, onde o governo investiu R$ 300 milhões, é um progresso considerável. Ele está gerando frutos. Temos que pensar em nichos rentáveis. Hoje a indústria de semicondutores busca novos caminhos. É nesse ponto que temos grandes chances de atrair essa indústria para o Brasil", completou Gadelha.
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