Brasil quer sistema nipo-brasileiro de TV digital na América do SulJune 17, 2009, by Miguel Matiolla - No comments yetViewed 25 timesO governo do Brasil está trabalhando para criar um sistema regional sul-americano de TV digital com base no modelo nipo-brasileiro. A estratégia é centrar forças de imediato nas negociações com os governos da Argentina, Chile e Equador para depois, em um segundo momento, ampliar as investidas para outros países da América do Sul. Para reforçar o lobby, a Embaixada do Japão reunirá amanhã, em Brasília, embaixadores de países sul-americanos para apresentar o padrão japonês de TV digital com as inovações tecnológicas desenvolvidas no Brasil.
O ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que é provável a adoção do sistema nipo-brasileiro pela Argentina e Chile, o que, na opinião dele, tornará mais fácil a adesão dos demais países da região. Neste caso, Costa considera inclusive a possibilidade de o Uruguai e a Colômbia voltarem atrás na opção já feita pelo padrão europeu."Estamos concentrando nossos esforços na Argentina, Chile, Equador e Peru, partindo do pressuposto de que, se você sensibilizar esses países, na verdade, você praticamente cria um sistema regional e seria muito mais fácil para os outros países aderirem", afirmou o ministro em entrevista à Agência Estado.
Com a eventual criação do sistema regional, o mercado de televisores e de conversores digitais pode dobrar de tamanho para o padrão nipo-brasileiro. A demanda brasileira é de 10 milhões de aparelhos por ano e a de toda a América do Sul é de cerca de 20 milhões. "O Brasil está de olho neste mercado", afirmou o ministro.
Por enquanto, só o Peru seguiu o Brasil e adotou o padrão japonês. A previsão de Costa é de que a Argentina anuncie sua opção pelo sistema nipo-brasileiro logo depois das eleições parlamentares deste mês. O que pode estimular, na avaliação dele, uma decisão na sequência também pelo Chile.
Costa disse que, na viagem que fez ao Chile em abril, pôde constatar que já há uma opção técnica pelo sistema nipo-brasileiro, com apoio de parlamentares, radiodifusores e indústria. Faltaria apenas uma decisão política. As negociações com o Equador e com Cuba, segundo Costa, também estão avançadas e com o Paraguai já foram iniciadas.
A Venezuela, por sua vez, chegou a anunciar que adotaria o sistema chinês, mas Costa confia na "boa relação" entre os dois países para convencer o governo venezuelano a integrar o sistema regional. "Nossa proposta é uma proposta bolivariana de integração latino-americana da TV digital", afirmou.
O Uruguai, segundo Costa, ainda não tomou nenhuma medida para implantar a TV digital, o que, em tese, permite uma mudança de decisão. "O Uruguai, no mínimo, vai ter que pensar duas vezes se vai continuar", afirmou. A mesma situação ocorre com a Colômbia. Costa disse que recebeu informações do governo colombiano de que está disposto a voltar a conversar com o Brasil sobre o assunto.
Para convencer os países vizinhos, o governo brasileiro aposta na possibilidade de reverter os ganhos de escala na produção para baratear o preço dos aparelhos. Atrativos tecnológicos, como mobilidade (televisão pelo celular) e alta definição de sons e imagens, também são usados como argumento.
Costa, que foi o principal defensor do sistema japonês no processo que antecedeu a decisão pelo Brasil, em 2006, diz que o padrão americano não oferece mobilidade e que o padrão europeu não tem alta definição. "Quem vai querer ver a Copa do Mundo (de futebol) sem uma imagem límpida e cristalina?", questiona. Costa ressalta ainda o fato de que o sistema japonês não implica em pagamento de royalties.
fonte: yahoo tecnologia
PSL-Brasil - Brasil quer sistema nipo-brasileiro de TV digital na América do Sul - Software Livre
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