Rio inaugura quarta Unidade de Polícia Pacificadora
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O projeto de policiamento do governo do Rio de Janeiro que prevê a presença permanente de policiais comunitários e a implementação de programas sociais em comunidades carentes chegou a mais uma favela carioca – a segunda da zona sul e a quarta da cidade. Os cerca de 5 mil moradores dos morros Chapéu Mangueira e Babilônia, no Leme, bairro vizinho de Copacabana, ganharam uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que contará com 104 profissionais treinados para o policiamento comunitário 24 horas. A nova unidade tem três andares, 240 metros quadrados e custou R$ 651,8 mil.
As favelas do Batan, na zona norte, Cidade de Deus, na zona oeste, e o Morro Dona Marta, na zona sul, já contam com esse tipo de policiamento. De acordo com o governador Sérgio Cabral, que participou da inauguração, a presença da polícia comunitária na região trará não apenas segurança permanente à comunidade, como também vai fortalecer a integração das favelas com o restante da cidade e assim possibilitar a redução da exclusão social.
“Vamos acabar com esse negócio de moradores do Leme não reconhecerem o Chapéu Mangueira e a Babilônia como parte do bairro. Agora, com segurança garantida, qualquer um vai poder desfrutar dessa vista maravilhosa e não duvido que em breve a iniciativa privada vai investir aqui e criar pontos de turismo e lazer para a cidade.”
A presidente da Associação dos Moradores do Chapéu Mangueira, Maria Helena Rodrigues, comemorou a inauguração da unidade, que pode afastar os traficantes no local, mas espera que as mudanças na comunidade estejam só começando. “Agora os moradores estão aguardando ansiosamente a chegada dos projetos sociais e torcemos para que o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] também beneficie a área.”
Durante a solenidade foi inaugurada uma unidade da Fundação de Apoio à Escola Técnica Digital Modular (Faetec), que vai oferecer cursos de informática e internet banda larga gratuita aos moradores das duas comunidades. Também foi aberto um Centro de Referência da Juventude, com cursos e oficinas para os jovens da região.
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, informou que estão sendo planejados mais seis projetos de ocupação para novas unidades pacificadoras em favelas do Rio. Segundo ele, o que falta é efetivo, mas o problema deve ser resolvido com a formatura de 7 mil praças até o final de 2010. “Serão investidos R$ 15 milhões de reais para aumentar o efetivo dos cerca de 38 mil homens para 62 mil policiais até 2016.”
Edição: Juliana Andrade
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