26 de Novembro de 2009 - 17h43 - Última modificação em 26 de Novembro de 2009 - 17h43
Presidente da Assespro-RJ não crê que meta do plano de banda larga seja cumprida em cinco anos
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil tem uma oportunidade de ouro, com a Copa do Mundo de 2014, para ampliar a cobertura da banda larga nas cidades-sede dos jogos, afirmou hoje (26) o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação, Software e Internet regional Rio de Janeiro (Assespro-RJ), Ilan Goldman.
“Não sei se vai ser viável para o país todo, mas, pelo menos, para as cidades que vão receber a Copa do Mundo, isso é inevitável. É o ponto de partida, porque a nossa banda larga não é tão larga assim. É um pouquinho estreita”, avaliou Goldman.
O presidente da Assespro-RJ mostrou sua descrença quanto ao cumprimento da meta contida no esboço do Plano Nacional de Banda Larga, apresentado esta semana ao Presidente da República. O plano prevê investimentos públicos e privados em cinco anos da ordem de R$ 75 bilhões para elevar o número de acessos à internet de alta velocidade no país dos atuais 19 milhões para 90 milhões em 2014.
"Você não tem hoje esgoto no país inteiro e vai ter banda larga no país inteiro? Acho que isso aí está um pouco longe. Não dá para acreditar”, disse Goldman. Em razão da Copa do Mundo, porém, assinalou ele, os acessos terão de ser ampliados para os locais de realização de jogos, por causa do compromisso assumido pelo governo brasileiro com a Federação Internacional de Futebol (Fifa).
Goldman observou que a demora em promover a expansão do sistema de banda larga em todo o país tem sua vantagem, na medida em que o mundo está mudando a cada dia e a tecnologia evolui. Isso implicará em redução de custos e menor complexidade na implementação do plano. “O tempo que passa favorece e o sistema, daqui mais à frente, pode passar a ser uma coisa trivial”.
O importante, segundo o presidente da Assespro-RJ, é que sejam avaliados os riscos e estudadas as experiências anteriores para que o plano possa ser efetivado sem problemas e tenha um alcance maior.
Goldman afirmou que a convergência digital é o grande ideal. “Para nós, quanto mais banda existir no país inteiro, melhor. E com qualidade”.
Edição: João Carlos Rodrigues
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