A produção cultural brasileira passa essencialmente pelos meios digitais e não há mais volta. Este foi o tema central das discussões no Fórum da Cultura Digital, realizado pelo Ministério da Cultura na semana passada em São Paulo. O evento reuniu mais de 600 participantes, entre quarta-feira e sábado, entre eles, pessoas ligadas aos mais relevantes e variados projetos culturais. É pouco se comparado às 6 mil pessoas que circularam na última edição da Campus Party.

Ativistas, pesquisadores, artistas, bandas, representantes do governo e participantes internacionais fizeram um dos encontros mais ricos que já ocorreram nessa área. Não só pelos seminários, mas pelas trocas de experiências e conversas nos corredores da Cinemateca Brasileira, que abrigou o evento.

“Não é possível entender as mudanças profundas que estão ocorrendo na cultura tão rapidamente se não há um debate com a sociedade”, disse Alfredo Manevy, secretário executivo do Ministério da Cultura.

O Fórum também foi uma forma de colocar em discussão o pacote de projetos na área digital do governo federal: o plano para universalizar o acesso à banda larga, a reforma na lei de direitos autorais e o marco civil da internet, que pretende regulamentar os direitos dos internautas, de forma colaborativa.

O Ministério da Justiça e a FGV apresentaram um balanço das discussões do marco civil. Foram recebidos 500 comentários para o projeto. E o texto que vai virar projeto de lei deverá ficar pronto até janeiro.

Membros do Partido Pirata brasileiro aproveitaram o Fórum para conhecer a experiência de Amelia Andersdotter, do Partido Pirata sueco, eleita para o Parlamento Europeu.

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