sábado, janeiro 24, 2009

Agência Brasil - Troca de experiências sobre inclusão digital marca encontro encerrado hoje em SP - Software Livre

 
17 de Fevereiro de 2008 - 15h59 - Última modificação em 18 de Fevereiro de 2008 - 00h46


Troca de experiências sobre inclusão digital marca encontro encerrado hoje em SP

Elaine Patrícia Cruz
Repórter da Agência Brasil

 
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São Paulo - Cerca de 3 mil pessoas de 18 países participaram durante uma semana de um encontro em São Paulo para profissionais e apaixonados por internet, entretenimento eletrônico e tecnologia. O Campus Party terminou neste domingo (17) após mais de 300 oficinas e 18 mil visitantes diários.

Segundo a assessoria do evento, 23% dessas pessoas freqüentaram a área de software livre, seguida pela de games (16%), desenvolvimento (15,5%), música (11%) e criatividade (9%).

"Os dados mostram que os participantes produziram mais conteúdo durante o evento do que baixaram. Na edição espanhola, essa proporção é inversa. A diferença é que aqui quem fez a programação foram as 10 comunidades que participaram do evento", destacou o diretor de conteúdo do Campus Party, Sergio Amadeu, sociólogo e professor da Faculdade Cásper Libero.

A estudante Maíra Lucchesi, de 18 anos, foi uma das participantes do evento. Prestes a começar seus estudos em ciências da computação, a estudante saiu de Tietê, no interior paulista, para acampar por três noites no interior do Campus Party e acompanhar os avanços em tecnologia.

“Não se vive sem tecnologia hoje. Tudo o que você vai fazer envolve tecnologia, desde ir ao supermercado até o computador em sua casa”, disse Lucchesi, em entrevista à Agência Brasil.

Do evento, a estudante destacou principalmente os avanços em software livre e a sua importância hoje. “Como é um software aberto, todo mundo pode participar, incrementar e melhorar o trabalho do outro. Isso é uma ajuda comunitária, sempre buscando o aperfeiçoamento do software”, avalia.

“No privado, o código é fechado e você tem que aceitar o que a pessoa programou. No livre, você desenvolve o programa, fazendo o seu próprio código conforme a sua necessidade ou a do seu cliente.”

Diego Amoroso de Araújo, que trabalha no Telecentro de Cidade Tiradentes, na zona leste da capital, também acampou no Campus Party e trabalhou na organização do evento. Para ele, é importante que as pessoas tenham acesso à informática e às novas tecnologias.

“Hoje em dia, tudo o que você vai fazer mexe com informática. Muitas senhoras lá explicam que não iam sacar dinheiro porque era muito difícil mexer na tela do computador. Lá a gente ajuda o pessoal a mexer com isso. Damos dicas e instrução porque eles vão precisar”, conta Araújo.

De acordo com o secretário de Participação e Parceria do município de São Paulo, Ricardo Montoro, responsável pelos trabalhos de inclusão digital na capital, existem hoje 238 telecentros espalhados pelo município. A meta é atingir até 300 unidades.

“Telecentros são unidades, em geral, de até 20 computadores, ligados a um servidor, e a utilização é gratuita, com espaço de uma hora. Temos aqui em São Paulo cerca de 1,5 milhão de pessoas cadastradas no programa, podendo chegar a dois milhões de pessoas”, calcula Montoro.

“Eles estão espalhados preferencialmente em áreas de vulnerabilidade social. Possivelmente este é o programa de inclusão digital maior do que em qualquer cidade do mundo. São oferecidas oficinas de digitação, cursos de direitos humanos e consciência ambiental.”

A prefeitura de São Paulo também participou da organização do Campus Party. Até então, o evento só era realizado na Espanha. Uma nova edição no Brasil deve ocorrer ainda em 2009.

Para o secretário municipal, iniciativas como essa, aliadas à difusão dos telecentros, são importantes para credenciar a população a utilizar a informática e navegar na internet. “É o conhecimento na busca pela empregabilidade, da inclusão. Um país que não tem essa preocupação vai ficar a reboque dos outros.”



 


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