4 de Abril de 2008 - 16h21 - Última modificação em 4 de Abril de 2008 - 16h21
Sistema usado nas urnas eletrônicas reduz custos em cerca de R$ 4 milhões
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A utilização do sistema operacional Linux nas urnas eletrônicas proporcionará mais transparência ao processo e, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma economia de cerca de R$ 4 milhões nas eleições municipais deste ano.
Por ser um software livre, o governo não terá gastos com propriedade intelectual e direito autoral, o que elevava o valor das urnas eletrônicas, já com outros sistemas operacionais instalados, em aproximadamente US$ 100 – hoje, o valor de cada urna é de US$ 850). “É um sistema aberto, com custo zero para a Justiça Eleitoral”, explicou o diretor geral do TSE, Athaide Fontoura Filho.
Apenas neste ano foram adquiridas 50 mil urnas eletrônicas. Outras 430 mil, usadas nas últimas cinco eleições, também estarão à disposição, todas com o sistema Linux. Segundo Fontoura, a estimativa é de que nos próximos dez anos sejam economizados até R$ 15 milhões com o uso do novo software.
Além da redução de gastos, o diretor geral do TSE informou que a mudança torna mais fácil a auditoria do sistema e mais transparente o uso e aperfeiçoamento dos programas desenvolvidos pela equipe técnica do tribunal. Pela primeira vez, técnicos indicados pelos partidos políticos, Ministério Público e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) poderão acompanhar todas as fases de desenvolvimento dos programas de computador utilizados nas eleições.
“O Ministério Público, os partidos políticos e a OAB terão condições, a partir de 180 dias antes das eleições, de propor mudanças na lógica do sistema, o que torna mais transparente o processo e fortalece a democracia", afirmou Fontoura. O acompanhamento e os “testes de vulnerabilidade” poderão ser feitos na Sala de Apresentação do TSE, de amanhã (5) até que os sistemas sejam lacrados, o que está previsto para o início de setembro.
Outra novidade para as eleições deste ano será o sistema de identificação dos eleitores por meio de impressões digitais, que será usado em três cidades: Fátima do Sul, em Mato Grosso do Sul; São João Batista, em Santa Catarina; e Colorado d'Oeste, em Rondônia.
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