quarta-feira, janeiro 28, 2009

Agência Brasil - Censo das Cidades Digitais Brasileiras começa a se tornar realidade em março - Banda Larga

 
26 de Janeiro de 2009 - 17h20 - Última modificação em 26 de Janeiro de 2009 - 17h59


Censo das Cidades Digitais Brasileiras começa a se tornar realidade em março

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - O 1º Censo das Cidades Digitais Brasileiras começará a se tornar realidade no início de março, quando terá sua arquitetura montada, e os resultados deverão ser divulgados até dezembro. Lançada em agosto do ano passado pelo portal Guia das Cidades Digitais, a iniciativa está na fase de captação de recursos. As informações foram dadas hoje (26) pelo diretor do site, Carlos Calazans.

Segundo ele, a pesquisa nos municípios deverá ser feita por uma fundação independente e a entidade executora do estudo será definida pelo conselho consultivo do censo, que se reunirá em Brasília para traçar as diretrizes e critérios do trabalho.

"O censo é muito importante. Se pretendemos ter uma política pública para inclusão digital com participação das prefeituras, é preciso conhecer as diferentes realidades brasileiras”, disse o presidente do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Marcos Mazoni.

Uma solução para as capitais da Região Sul pode não servir para  o centro do país ou para o interior, observou. Com o censo, será possível ter uma visão ampla sobre os municípios digitais e o que as populações mais querem de tal tipo de serviço. “Isso é muito importante nessa montagem de políticas”, disse Mazoni.

Ele disse que há muitas iniciativas nos setores público e privado para aumentar o acesso digital nas cidades, mas ressaltou que é preciso conhecer bem as medidas já adotadas para que tanto todos os investimentos no setor sejam bem aproveitados. A conclusão do censo este ano permitirá que até o final de 2010 se tenha um novo perfil da sociedade brasileira, disse ele.

Para o presidente da Associação Brasileira de Entidades Municipais de Tecnologia da Informação e Comunicação, André Kulczynski, a conectividade em banda larga é a base de tudo que existe em inclusão digital. Kulczynski lamenta, no entanto, que o conceito de cidades digitais não tenha sustentabilidade política, não faça parte da agenda da maioria dos prefeitos. ”No conceito de política pública, ainda não existe foco na questão do uso da tecnologia para fazer inclusão digital, para fazer integração das redes e estruturas públicas.”

Kulczynski lembrou que são insuficientes os dados que permitam estabelecer um ranking da capacidade de oferta de banda larga. Daí vem a importância de reunir em apenas um documento, não-governamental, dados estatísticos e informações sobre as cidades digitais, acrescentou. A meta é saber quanto o Brasil andou nessa área, como os municípios entendem o processo, quais as tecnologias oferecidas para suportar o conceito da universalização da internet como base para qualquer outra forma de comunicação entre as estruturas públicas e não públicas, destacou.

Para Kulczynski, o censo poderá agilizar o processo de modernização da gestão pública e atender de forma eficiente as populações. O trabalho facilitará o diagnóstico por região e estados e fornecerá elementos para identificação de ações a serem promovidas.

Além dos presidentes do Serpro e da Associação Brasileira de Entidades Municipais de Tecnologia da Informação e Comunicação, integram o conselho consultivo do censo o assessor especial da Presidência da República André Barbosa Filho, a professora Maria Helena Cautiero Jardim, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e coordenadora do projeto Piraí Digital, além de fornecedores de tecnologia, e representantes de  ministérios e empresas do setor.

 







 


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