sábado, janeiro 24, 2009

Agência Brasil - Campus Party deve receber 300 mil visitantes até este sábado - Internet

 
24 de Janeiro de 2009 - 10h31 - Última modificação em 24 de Janeiro de 2009 - 10h31


Campus Party deve receber 300 mil visitantes até este sábado

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil

 
envie por e-mail
imprimir
comente/comunique erros
download gratuito

São Paulo - Cerca de 300 mil pessoas devem circular pela área de exposição da Campus Party Brasil 2009 e outras 4 mil terão se instalado com seus computadores no evento que, neste ano, tem o acesso à internet banda larga mais rápido do mundo, com 10 Gigabytes (Gb). A festa, que começou no dia 19 deste mês e acaba hoje (25) na capital paulista, depois de 400 atividades realizadas em 11 áreas de conteúdo, teve ainda uma área de inclusão digital para estimular pessoas que nunca usaram a internet a se integrar à rede.

Para o diretor-geral da Campus Party, Marcelo Branco, o evento é a maior festa da internet, na qual todos os segmentos e comunidades mais ativas se encontram para compartilhar conhecimento e dar visibilidade a tudo aquilo que ocorre diariamente na rede. “Aqui é a internet de carne e osso, ao vivo. O lema da Campus Party é que a internet não é uma rede de computadores, é uma rede de pessoas. A idéia desse evento é que as pessoas que fazem a internet acontecer possam ter visibilidade, além de aproximar essas pessoas inovadoras, criativas”.

Segundo Branco, a alta freqüência das pessoas no Campus Party se deve ao processo de inclusão no Brasil estar acelerado. Em 2003, eram 8% dos brasileiros conectados na internet desde as residências, e atualmente já são 25% dos brasileiros conectados. Se somados outros espaços de acesso à internet como pontos de cultura e lan houses, são 45 milhões de brasileiros conectados. “A perspectiva é de que até o fim de 2010 tenhamos metade dos brasileiros conectados à internet. Tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo, o Brasil é uma referência no mundo. Nós não devemos nada a qualquer país de primeiro mundo”.

A coordenadora do Coletivo Digital, parceiro do Campus Party, Beá Tibiriçá, explicou que na área de inclusão digital funcionam duas maneiras de estimular as pessoas a usarem mais a rede. Geralmente, são pessoas que apenas visitaram o evento por curiosidade ou que foram juntocom alguma associação. “Uma delas é a inclusão 1.0, voltada para aqueles que nunca acessaram a internet. Nesse caso, os monitores dão uma pequena aula e fazem com que o inciante se familiarize com a máquina e aí ensinam como acessar páginas e criam um endereço de e-mail para o novo usuário”.

Já no batismo 2.0, o usuário que já sabe navegar participa de oficinas realizadas por parceiros do Campus Party para aprender a utilizar as ferramentas colaborativas, como blogs, redes sociais, sites de conteúdo, além de aprender a navegar com segurança. “São oficinas para quem já mexe com computador, mas não tem intimidade com as várias alternativas que o computador e a internet oferecemde relacionamento e diálogo por meio da rede”.

Segundo ela, até ontem (23), 800 pessoas já haviam participado da inclusão 1.0 e até o fim do encontro, neste sábado, devem ser 1,6 mil pessoas. No 2.0, cerca de 200 pessoas por dia. O desafio é fazer com que essas pessoas continuem acessando e interagindo com a internet. “Para isso, quando os participantes terminam as atividades de 40 minutos, nós localizamos um telecentro mais próximo de sua residência para que ele continue navegando, fazendo os cursos e procurando as atividades. O essencial é que freqüentem um espaço público de acesso e possam desenvolver suas atividades e projetos na internet”.

De acordo com o professor e especialista em inclusão digital Sérgio Amadeu, desde sua primeira edição brasileira no ano passado, a organização do evento se preocupa com a inclusão digital, apesar de o encontro ser um evento tecnológico voltado para os hiperincluídos e superusuários de tecnologia da informação e das redes. “O Campus Party reconhece que o Brasil é um país de contrastes. Assim como temos a comunidade que mais tempo gasta na internet, a maioria da sociedade não tem acesso ainda, mais de 50% da população nunca acessou a rede”,

A organização do evento reservou espaços e momentos para promover discussões a respeito do assunto. Com isso, os diversos atores podem se articular e fazer propostas ao setor público para que se amplie mais rapidamente a banda larga no Brasil. “O governo está se esforçando, mas vários de nós consideramos que é necessário colocar isso no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É preciso conectar as cidades, as periferias ainda não têm banda larga. A conexão estreita não dá condições para usar a rede de maneira plena”, disse Amadeu.





 


Agência Brasil - Campus Party deve receber 300 mil visitantes até este sábado - Internet

 



 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aúncio