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MINNEAPOLIS – A Microsoft finalmente reconheceu o Linux como um competidor sério, assumiu uma posição agressiva de negócios e preparou um arsenal de argumentos para atacar o avanço do software livre no mercado corporativo.
Esse foi o tom do discurso de Kevin Johnson, vice-presidente de vendas e marketing da Microsoft Corporation, durante a Worldwide Partner Conference, que terminou no dia 10 de julho em Minneapolis (EUA). “Quando competimos com alguém, competimos para ganhar. E seremos agressivos contra o Linux”, disse ele.
A estratégia da Microsoft consiste em mostrar que o Windows é mais seguro, reduz o TCO (Total Cost of Ownership) das empresas e protege os investimentos já feitos pelos clientes. A Microsoft preparou um extenso material com 300 estudos de caso que mostram que o Windows é melhor do que o Linux nesses quesitos. Pouco mais de 100 desses cases são de “winbacks”, ou seja, de empresas que migraram para o Linux e, insatisfeitas, retornaram para os braços da Microsoft.
Além dos cases, a Microsoft reuniu 45 relatórios de analistas independentes mostrando as vantagens do Windows frente ao software livre, 14 discussion guides e 21 tutoriais e webcasts para ajudar os parceiros a ter argumentos de venda contra o pingüim. Segundo Johnson, o maior crescimento do Linux acontece na base instalada de Unix e de Netware, o que favorece os argumentos da Microsoft. “Temos que aumentar nossa força e ganhar ainda mais mercado”, disse o executivo.
Mike Nash, vice-presidente da divisão de segurança, completou o discurso de Johnson ao apresentar números que mostram a incidência de vulnerabilidades no Windows Server 2003 e no Red Hat 3. De acordo com os dados, colhidos do Vendor’s Public Security Bulletins de julho de 2005, de janeiro a junho deste ano o sistema operacional da Microsoft teve 38 vulnerabilidades corrigidas, contra 234 da versão do Linux. “A discussão é simples: basta olhar os números para ver quem é mais seguro”, disse ele.
Eduardo Vieira, de Minneapolis
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