terça-feira, julho 12, 2005

$$$ Vem aí nova onda de inovações, diz Steve Ballmer $$$




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MINNEAPOLIS – Aos gritos de frases como “I love you partners!”, o sempre bem-humorado CEO da Microsoft, Steve Ballmer, entrou no palco do Minneapolis Convention Center, em Minnesota (EUA), para encerrar a edição deste ano da Worldwide Partner Conference. E cravou: os próximos dez anos terão mais inovações do que os últimos dez.

“Há dez anos estávamos lançando o Windows 95, numa época em que a internet estava começando, poucas pessoas sabiam o que era um telefone celular, ninguém sabia o que era Wi-Fi e existiam poucos computadores nas casas das pessoas. Agora, se vocês pensam que já chegamos ao máximo de inovação, estão enganados. Daqui a dez anos, nossas vidas estarão muito mais diferentes do que hoje, porque vamos evoluir de maneira significativa”, disse Balmer, arrancando uivos da platéia.

Segundo ele, as inovações mais marcantes virão das áreas de mobilidade, do aumento de ferramentas de produtividade e de conectividade das pessoas e da tão sonhada convergência, com destaque para a TV interativa.

O CEO da Microsoft reforçou que o pacote de novos produtos que a empresa prepara para lançar de agora até 2006 (que inclui novas versões do Windows Server, do Office, do SQL e do Windows XP, o esperado Longhorn), é “o mais forte em inovação da história da Microsoft”. E chamou os parceiros a estimular a venda de novos produtos e serviços. “Temos milhares de PCs com NT 4.0, Netware e Notes para trocar. O Office 2003 está em somente 15% dos PCs do mundo. Há oportunidades batendo à nossa porta. Precisamos combater a mentalidade das empresas que acham que as versões antigas do Office e do Windows bastam. Esses produtos evoluíram muito”, disse ele.

Como não poderia deixar de ser, Ballmer aproveitou para alfinetar o software livre (“O pessoal do open source não sabe o que fazer com seu modelo de negócio”), a IBM (“Alguns dizem que a IBM têm o melhor software e o melhor serviço do mercado. Eles estão loucos? A IBM não têm nem o segundo melhor software ou a segunda melhor oferta de serviços!”) e a SAP, após ser questionado por um parceiro por que a Microsoft investiu na melhoria de interface com o ERP da SAP (o projeto Mendocino) em vez de tentar vender seus próprios pacotes de gestão (os recém-adquiridos Navision, Great Plains e Axapta). “A SAP é um parceiro importante, mas é claro que temos que tentar emplacar os nossos produtos. Não devemos perder uma venda sequer para a SAP, apesar do Mendocino. Espero que nós consigamos conviver com isso”, disse ele.

O discurso de Ballmer marcou o fim de um evento que, na opinião dos parceiros, foi o melhor dos últimos anos. A Microsoft, de fato, vive um momento extremamente favorável, com o aparente fim das acusações de monopólio e com produtos, como o Windows, que são usados por mais de 1 bilhão de pessoas.

O desafio, agora, é combater o avanço do software livre, a pirataria e ampliar seus domínios no mercado SMB. Pelo menos no discurso, a maior empresa de software do mundo mostrou que está preparada para esses desafios. “Acredito que a Microsoft alinhou a prática ao discurso, oferecendo serviços específicos para o SMB e melhorando o programa de parcerias. O evento deste ano sem dúvida foi melhor do que o do ano passado”, afirmou Fabio Gaia, diretor comercial da distribuidora Officer.

“O lançamento do Office 12 e do Longhorn deve agitar os negócios daqui para a frente. E a Microsoft acertou ao ouvir as sugestões dos parceiros e flexibilizar o modelo de licenças, principalmente para os pequenos”, disse Jorge Sukarie, presidente da Brasoftware. Resta saber se o discurso de Redmond vai se transformar em resultados palpáveis para o bolso dos parceiros e da própria Microsoft daqui para a frente.


Eduardo Vieira, de Minneapolis

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