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"Ao contrário do que muitos imaginam, a Microsoft participa de várias iniciativas de software livre". Essa foi a frase com que Alexandre Pombo, gerente de estratégias de mercado da Microsoft Brasil abriu sua participação em debate sobre software livre no Congresso de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras (Ciab). Segundo ele, o ponto de divergência da companhia em relação aos demais defensores de sistemas como o Linux é o modelo de negócios."
"Acreditamos que o modelo de pagamento de licenças é o mais indicado para a proteção intelectual e a conseqüente geração de empregos e riqueza", afirmou.
Segundo ele, no caso do Windows CE, por exemplo, sistema desenvolvido pela Microsoft para equipamentos portáteis, o código-fonte está disponível e pode ser usado pelo cliente para melhorias do produto. "A diferença é que ele tem que pagar licenças", afirmou. Na sua opinião, esse modelo é mais eficaz que o adotado por distribuidoras Linux, onde o download do software é gratuito e só há cobrança pelos serviços.
Já o gerente de novas tecnologias da IBM Brasil, Cezar Taurion, defendeu, no mesmo debate, que a indústria de software adote uma nova postura, diante do fato de que "o movimento de software livre veio para ficar, é irreversível". A seu ver, "deveríamos deixar parte de nossos softwares em código aberto e nos concentrarmos em alguns produtos de maior valor agregado".
Dessa forma, acredita Taurion, "as empresas manteriam sua saúde financeira e a sociedade se beneficiaria", afirmou. No casos de sistemas operacionais, por exemplo, onde costumam se concentrar os debates entre software livre e proprietário (Linux e Windows, respectivamente), "são sistemas que já existem há mais de 40 anos, onde certamente já existe um grande conhecimento disseminado", e, por isso, são quase commodities, defende.
O coordenador de pesquisas da Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex), Giancarlo Stefanuto, afirmou que "o software livre toca em pontos nevrálgicos do modelo de negócios tradicional, o que pode ser visto como uma ameça, mas também abre novas oportunidades de negócio, desde que se desenvolvam novas competências".
Fonte: CIPSGA
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