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Projeto vai contratar mais monitores e exigir contrapartidas das entidades conveniadas, como o compromisso de manter os computadores funcionando pelo menos oito horas por dia.
Embora o levantamento sobre a rede Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Apoio ao Cidadão) ainda não estivesse concluído, a Diretoria de Serviços de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações (Minicom) tinha dados suficientes, em meados de novembro, para saber que 25% dos 3,2 mil pontos de conexão estão funcionando bem. Os demais têm problemas de dimensões diferentes: não funcionam, funcionam mas precisam melhorar as ações de inclusão, em outros os equipamentos ficam desligados por falta de iniciativa da comunidade, etc.
Com o levantamento do perfil dos pontos – o trabalho deveria estar finalizado no início de dezembro -, o Minicom fará, como já foi anunciado, uma nova topologia da rede de atendimento ao Gesac. As antenas, por serem uma conexão mais cara – cerca de R$ 989,00 por ponto - serão alocadas, exclusivamente, para atender regiões distantes e de difícil acesso. Já os pontos em áreas metropolitanas ou em cidades devem ser atendidos por tecnologias mais baratas, com ou sem fio. A apuração realizada pelo Minicom também deve revelar as deficiências de infra-estrutura nos atuais pontos.
A idéia, segundo Heliomar Medeiros de Lima, diretor de Serviços de Inclusão Digital do ministério, é padronizar as plataformas dos telecentros e adotar um software de gestão para melhorar o desempenho. A proposta é que cada telecentro tenha um servidor e de cinco a oito terminais, provavelmente máquinas recicladas do próprio governo. Com a definição da plataforma mínima, evita-se o baixo uso da conexão por falta de máquina. Hoje, 10% dos pontos cobertos pelo Gesac contam com apenas uma máquina. Com o software de gestão nos telecentros e nos computadores do Minicom, será possível verificar o que acontece nos pontos e ajudar seus gestores.
Outra preocupação é intensificar as ações de inclusão digital. Para isso, o número de monitores será ampliado dos atuais 500 para 1,5 mil em 2006. Os convênios também serão revistos e os conveniados terão mais responsabilidades e contrapartidas. "Não vamos liberar pontos para quem não se comprometer a manter os computadores funcionando oito horas por dia", disse Medeiros. Também a rede de pontos será expandida. Para isso, os recursos investidos passarão de R$ 40 milhões, o que foi gasto este ano, para R$ 60 milhões. As conexões via satélite, como já estava previsto no contrato atual, passarão de 3,2 mil para 4,4 mil até o ano que vem; e serão acrescidos mais 2,2 mil pontos cobertos por outras formas de conexão, como Wi-Max e Wi-Fi, tecnologias sem fio, e o ADSL, banda larga na rede telefônica, embora esta última, em algumas situações, não atenda aos requisitos do edital, apesar de ser mais barata.
De acordo com Medeiros, em 2006, o Minicom fará testes com a tecnologia MMDS (usada na TV por assintura) para conexão ao Gesac em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Belo Horizonte o teste incluirá também a tecnologia Wi-Max, com parceria da Intel e da TVA (Grupo Abril).
Fonte: Serpro
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