Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, divulgou nesta quinta-feira (1/4), o índice de produção industrial. Segundo o órgão, houve um avanço de 1,5% entre janeiro e fevereiro, após aumento de 1,2% no mês anterior. Isso significa que o patamar de produção industrial voltou a um nível próximo ao de maio de 2008, período antes da crise financeira mundial.

Dos 27 ramos pesquisados, 15 apresentaram crescimento nessa comparação, com destaque para a indústria farmacêutica (15,9%), seguida por edição e impressão (7,0%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (15,0%). Esses três setores haviam registrado queda na produção de dezembro para janeiro, de -6,4%, -5,0% e -6,8%, respectivamente.

Na comparação com fevereiro de 2009 (18,4%), 24 dos 27 ramos pesquisados registraram crescimento na produção. O índice de difusão mostrou avanço em 72% dos 755 produtos investigados, o maior nível da série histórica, iniciada em janeiro de 2003.

Ainda no confronto com fevereiro do ano passado, houve avanço em todas as categorias de uso. Os bens de capital (26,2%)registraram a taxa mais elevada desde abril de 2008 (29,7%), influenciados pela maior parte dos seus subsetores, com destaque para bens de capital para uso misto (32,4%), para construção (196,9%), para equipamentos de transporte (17,2%) e para fins industriais (25,3%).

A produção de bens de consumo duráveis (25,2%) manteve o crescimento de dois dígitos, impulsionada pelos automóveis (20,0%), eletrodomésticos (38,3%) - tanto os de “linha branca”1 (24,9%) como os de “linha marrom”2 (44,2%) - e telefones celulares (6,6%), numa prova que esse setor voltou a ter uma retomada industrial no país.

"O setor industrial, além de superar no primeiro bimestre as perdas observadas em novembro e dezembro do ano passado, está cada vez mais perto do recorde de produção. Hoje estamos em um nível equivalente a maio de 2008" disse André Macedo, economista do IBGE.