As apresentações de experiências colaborativas deram início ao Seminário Interfaces Digitais Colaborativas - Linguagens e Experiências em Rede, promovido pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC). O evento começou nesta quarta-feira (07/07), no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio de Janeiro, e segue até sexta-feira (09/07).

Hoje, foram mostradas cerca de 10 experiências de diferentes regiões e coletivos do país, que envolvem redes sociais, pontos e pontões de cultura, projetos artísticos e pesquisadores. Através dessas iniciativas, a ideia do Laboratório Cultura Viva é discutir o campo das novas mídias, produção audiovisual, plataformas digitais e redes sociais para a criação de uma plataforma de colaboração criativa na Internet, com a produção dos pontos de cultura.

As primeiras experiências trouxeram desafios para as mídias, artes e redes sociais. O processo de criação e uso da rede social Cultura Digitalblog, que compartilha referências, ferramentas, padrões e perspectivas sobre a temárica do vídeo online. mostra que “a dimensão do audiovisual é embrionária na redes sociais”, segundo Rodrigo Savazoni, da coordenação executiva do Fórum da Cultura Digital. Criaram um blog, que compartilha referências, ferramentas, padrões e perspectivas sobre a temárica do vídeo online.

Com a apresentação do Cervo, Lincoln de Souza, da Coordenação de Cultura Digital do MinC, apontou como desafio a implementação de modelos colaborativos para o desenvolvimento de códigos e interfaces livres. O Cervo prevê o desenvolvimento e implementação de uma plataforma de vídeo, que integre acervos, qualifique o acesso à informação e crie formas de publicação de conteúdo por parte da pessoa que acessa a informação. Para isso, a coordenação empreende o mesmo processo colaborativo presente nas consultas públicas do Marco Civil e Direito Autoral, trabalhando e compartilhando a documentação do projeto, no Xemelê.

O primeiro bloco de iniciativas terminou com a participação da Fábrica do Futuro, por César Piva, e Lucas Bambozzi, artista-curador do projeto Arte.Mov. A Fábrica é também um ponto de cultura, que, como afirmou Piva, avançou na gestão de projetos com a iniciativa privada. “Temos uma experiência compartilhada com a iniciativa privada, que permite transparência orçamentária. Mas esse é um desafio.” Piva se refere ao projeto Vivo Lab.

Outra modalidade colaborativa é a do Arte.Mov, financiado pela mesma empresa. Bambozzi expôs o exemplo que trata de arte e interfaces digitais na perspectiva de dispositivos móveis, como celulares. “É importante pensar nesses projetos de comunicação, que usem, em favor das comunidades, o potencial de rede em celular, por exemplo, e não só o seu uso individual”, disse. “São 170 milhões de celulares, número que ultrapassa a a internet fixa no Brasil.” Bambozzi alertou ainda que inúmeros projetos colaborativos não duram para além de suas comunidades. “O desafio é criar formas colaborativas que não caiam nisso, apenas no prestígio de seus coordenadores e artistas”, afirmou. “Apenas o PCC realmente conseguiu usar celulares e mensagens e criou uma redes de apropriação tecnológica para uso político”, provocou.

O seminário segue até sexta-feira (09/07). Pode ser assistido em aqui. Outras informações no site e twitter do projeto, com a hashtag #labculturaviva.

Fonte Minc