Uma pesquisa aponta que 14 por cento dos software gratuitos na App Store podem acessar os contatos dos usuários em seus iPhones.

Na conferência Black Hat, realizada nesta semana em Las Vegas (EUA), a pesquisadora de segurança Lookout revelou ter analisado mais de 300 mil aplicações disponíveis, tanto na iPhone App Store, pertencente a Apple, quanto na loja de aplicativos da Google, Android Market.

O estudo revelou que um aplicativo de papel de parede para o Android, sistema operacional móvel do Google, que supostamente capta um número de telefone do cartão SIM, a identificação de assinante e uma senha de correio de voz e supostamente os envia para o site www.imnet.us, de propriedade de um usuário em Shenzhen, China.

A Lookout também descobriu que 14 por cento dos aplicativos pesquisados, disponíveis gratuitamente para o iPhone, da Apple, têm capacidade para acessar aos dados de contatos dos usuários. No caso do Android, há registro de que oito por cento dos aplicativos testados possam ver a lista de contatos.

Além disso, 33 por cento dos aplicativos gratuitos na App Store conseguem acessar a localização do usuário. A diferença, no caso, é que o sistema operacional móvel iOS requer um software de terceiros para informar aos usuários quando o aplicativo está acessando a sua localização. Contudo, tais regras não existem para contatos.

Para efeito de comparação, 29 por cento do software livre Android têm a capacidade de acessar a localização de um usuário.

A Lookout também descobriu que 47 por cento dos aplicativos abertos do Android incluem código de terceiros, tais como anúncios para celular e de monitoramento do Analytics. No iPhone, chega a 23 por cento.

A pesquisa descobriu que 28 por cento do software na App Store são gratuitos, em comparação com 64 por cento na Android Market.

Por Rogerio Jovaneli, de INFO Online