segunda-feira, abril 20, 2009

Agência Brasil - Setor de tecnologia da informação cresce, mas perde participação na economia - Tecnologias

 
3 de Abril de 2009 - 10h01 - Última modificação em 3 de Abril de 2009 - 10h01


Setor de tecnologia da informação cresce, mas perde participação na economia

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

 
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Rio de Janeiro - Embora tenha perdido espaço no conjunto da economia, entre 2003 e 2006, o setor de tecnologia da informação cresceu no período. Avançou no faturamento, no número de empresas e de empregados. Os dados são do estudo O Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil, divulgado hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, o número de empresas do setor cresceu 18,3%, o contingente de trabalhadores avançou 40,7%, somando 673 mil pessoas, e o faturamento passou de R$ 139 bilhões para R$ 205 bilhões, em 2006. No entanto, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) perderam participação na economia com recuo de 8,9% para 8,3%. O crescimento nominal de 37,6% ficou abaixo da média de outros setores (47,6%).

A redução da participação não significa recessão do setor, afirma o pesquisador do IBGE Roberto Saldanha. Segundo ele, após as privatizações,  entre 1998 e 2002, a procura por produtos e serviços de telecomunicações, um dos principais segmentos do setor de TIC, se estabilizou, embora tenha condições de crescer, com a expansão da tecnologia de internet banda larga, por exemplo.

“As telecomunicações experimentaram expansão acelerada no período pós-privatização, com a explosão da internet e da forte demanda pela telefonia celular. A tendência agora é crescer menos, em relação a outros setores econômicos.”

Com um percentual inferior, mas alto valor agregado, as telecomunicações (3,7%) estão atrás da informática (90%), na composição do setor de serviços, em tecnologia da informação. Os segmentos concentram quase todo o valor agregado do setor de serviços, além dos postos de trabalho. As indústrias respondem por 3%, e o comércio por 1,5%.

Sobre a concentração da produção no país, o estudo do IBGE mostra que no Sudeste está a maior parte do empregados e das empresas responsáveis pelos produtos de maior valor agregado. Em termos de atividade industrial, a Região Norte aparece em seguida, devidos aos eletrônicos produzidos em Manaus (AM).

O estudo também mostrou que a remuneração média no setor de TIC se mostrou mais atrativa que os demais ramos da economia. No período pesquisado, o salário médio era de R$ 2.025 mil contra R$ 937 das atividades industrial, comercial e de serviços. O destaque é a renda média do serviço de  telecomunicações, de R$ 3.315 mil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 




 


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