26 de Abril de 2009 - 10h32 - Última modificação em 26 de Abril de 2009 - 10h32
(Para Graça dia 27/4 cedo) Setor de tecnologia da informação reivindica redução da carga tributária
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro -
A redução da carga tributária tanto a nível federal como local é uma das prioridades da nova diretoria da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação seção Rio de Janeiro (Assespro/RJ), que será empossada no próximo dia 29, em solenidade na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Falando hoje (24) à Agência Brasil, o vice-presidente da Assespro/RJ e também da Assespro nacional, Raul Colcher, disse que a entidade pretende ampliar a qualidade e a produtividade das pequenas empresas de TI, além de pleitear junto ao governo um tratamento fiscal e tributário mais eqüitativo para as empresas do setor. Ele defendeu a redução de tributos, “porque TI é um insumo de praticamente tudo hoje em dia. Então, se você onera a TI, toda a cadeia é onerada pelos tributos”. A tributação varia de acordo com o produto ou serviço prestado.
Segundo Colcher, a crise internacional não afetou de maneira profunda o setor de TI no estado do Rio de Janeiro. “As pequenas empresas de TI estão sentindo menos (os efeitos da crise) porque têm soluções muito avançadas e porque a TI é um instrumento para você vencer o desafio em momentos difíceis de crise, como está ocorrendo agora. Soluções de informática ganham produtividade e, numa hora como essa, se torna muito importante você ganhar qualidade e produtividade nos processos de negócio. E a TI é instrumento para isso”.
Considerado um dos pólos mais pujantes do país em termos de tecnologia da informação, o Rio de Janeiro tem uma concentração acadêmica nessa área, com duas instituições de referência. São elas a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Pontifícia Universidade Católica (PUC), que obtiveram nota máxima da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação. A isso se somam vários centros de pesquisa. “Tem uma densidade de prestadores de serviços nessa área, alguns pequenos, mas extremamente avançados em termos de tecnologia, que dão ao Rio de Janeiro uma posição de vanguarda no setor”, salientou Colcher.
A Assespro/RJ tem cerca de 200 empresas associadas, que representam 10% do total filiado à entidade nacional. Raul Colcher destacou que a concentração de negócios na área de petróleo e gás no Rio de Janeiro é um fator de desenvolvimento para as pequenas empresas fluminenses de TI. ”Tem uma demanda constante e vai ter uma demanda muito grande nos próximos anos, em função do plano de negócios anunciado pela Petrobras”. Existe no estado um Arranjo Produtivo Local (APL) de micro e pequenas empresas que desenvolve soluções para o setor de petróleo e gás, informou.
Durante a posse da nova diretoria da Assespro/RJ, será divulgado o novo formato do projeto Ecossistema, desenvolvido pela entidade em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae). O projeto objetiva o compartilhamento de oportunidades de negócios para empresas do setor de informática. O Ecossistemas foi implantado há cerca de um ano e agora está sendo institucionalizado, com um portal na ‘internet’ que será divulgado na próxima semana.
Embora não tenha ainda estatísticas detalhadas sobre o programa, Raul Colcher, afirmou que ele tem mostrado resultados positivos, no sentido de propiciar oportunidades cruzadas de negócios, sobretudo para as micro e pequenas empresas fluminenses de TI. “Através de um associado, ele gera oportunidades para outros associados. É um programa de compartilhamento de oportunidades”, explicou. (Alana Gandra)
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