14 de Outubro de 2008 - 14h31 - Última modificação em 14 de Outubro de 2008 - 14h33
Ministro diz que Brasil precisa avançar muito na segurança da informação
Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Armando Felix, alertou hoje que o Brasil precisa avançar muito na segurança da informação e de comunicações, tendo em vista a vulnerabilidade em que se encontra o governo e a iniciativa privada em relação à pirataria.
"Não adianta querer resolver a questão da segurança na tecnologia da informação só através de lei. Primeiro tem que haver o preparo das pessoas que trabalham com as informações sigilosas", disse o ministro, ao assinar acordos de cooperação técnica com órgãos da administração pública federal visando o intercâmbio de informações e de procedimentos relativos à gestão de segurança da informação.
A parceria do GSI com os órgãos da administração federal foi assinada durante a abertura do Congresso de Segurança da Informação e de Comunicações do Governo Federal, que se realiza até amanhã (15), no Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, em Brasília.
O caminho para a segurança da informação, segundo o general é longo, “pois há uma grande quantidade de tentativas de invasão virtual nas redes do governo, assim como na iniciativa privada, o que preocupa muito".
"A pirataria acontece em todos os níveis, desde quando um jovem vê nisso um desafio à sua inteligência, aos profissionais que procuram roubar os bancos, havendo também aqueles que procuram acessar o governo ou empresas estratégicas para buscar segredos que através da espionagem possam render resultados financeiros ou estratégicos", disse.
O ministro chefe do GSI disse que apesar da complexidade do problema, o governo espera melhorar em prazo curto toda a parte de segurança dos meios de informática e de equipamentos.
"Nisso passa a importância do preparo e da escolha das pessoas que devem trabalhar com tecnologia da informação porque precisam estar conscientizadas dessa responsabilidade".
Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgado no congresso aberto hoje, envolvendo 255 órgãos da administração pública que recebem 90% do Orçamento da União, revela que apenas 64% deles estão dotados de política de segurança da informação, sendo que 80% desse total não realizam classificação de informações e 48% não fazem procedimentos de controle de acessos.
Dos 255 órgãos pesquisados, 75% também não executam análise de risco da segurança de tecnologia de informação.
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