quinta-feira, dezembro 15, 2005

Uso do software livre em programas de inclusão digital é exemplo, diz secretário




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Brasília – O secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogério Santanna, admite que a adoção dos programas de código aberto pelo governo federal poderia estar mais adiantada. Ele atribui a divergências técnicas o atraso na condução da política do software livre nos últimos três anos.


Como exemplo dos avanços, Santanna cita a adoção do software livre em todos os programas de inclusão digital do governo, como Casas Brasil, Pontos de Cultura, PC Conectado, e Governo Eletrônico e Atendimento ao Cidadão (Gesac). É quanto ao uso do software livre em máquinas utilizadas em órgãos públicos, que Santanna diz ter havido certa divergência técnica no início da implementação da nova tecnologia, quando Sérgio Amadeu era presidente do Instituto de Tecnologia da Informação (ITI) e coordenador do Comitê de Implementação do Software Livre.

"Acredito até que poderia estar mais adiantado, mas isso não se deve à saída de Sérgio Amadeu", afirma o secretário, descartando a possibilidade de que a saída de Amadeu do governo, no meio do ano, tenha atrasado o programa. Santanna conta que defendia (e defende) a idéia de que a migração tem que começar pelos servidores e pelos softwares de middleware, responsáveis pelo suporte à rede, ao correio eletrônico, entre outros serviços. Com essas máquinas e programas, o usuário comum raramente tem contato.

Já Amadeu tinha a proposta de começar a migração pelo usuário final. "Eu argumentava que isso podia ser perigoso, afinal, se começassem a aparecer os problemas, o que seria normal para um sistema novo, o usuário ia odiar o software livre e o culparia por todos os problemas. Afinal, ele não é um especialista em informática e só quer saber de ter uma ferramenta que funcione", explica.

Além disso, Santanna acredita que, ao começar a migração pelos servidores, é possível treinar melhor a equipe técnica. "A equipe vai ganhando maturidade para resolver os problemas e vira um agente de mudança capacitado, pronto para ter prática e treino quando o usuário final, do desktop (computador individual), lhe apresentar problemas", justifica.

Conforme o secretário, em 2004, houve um acerto que estabelecia a seguinte forma de execução: o Comitê do Software Livre implantaria a migração em cinco ministérios e apresentaria o resultado em janeiro deste ano. "Não funcionou", diz Santana. Segundo ele, a Secretaria de Logística do Planejamento começou a implementar, paralelamente, o software livre no ministério. "Começamos pelo servidor e hoje estamos bastante adiantados. Em alguns casos, a migração foi feita com pessoal interno mesmo, sem custo adicional para o governo", afirma.

13/12/2005

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Lana Cristina Repórter da Agência Brasil


Fonte: RADIOBRAS


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