Eliane_smallEm 2010, quando a Sun foi comprada pela Oracle, a insegurança pairou sobre as comunidades de software livre e acabou resultando na criação da The Document Foundation. A TDF foi a resposta da comunidade, que já se sentia limitada pela Sun, e proporcionou um espaço totalmente livre para os desenvolvedores. Os detalhes desse processo foram apresentados na Campus Party Brasil 2011 por Eliane Domingos, representante do BrOffice.org. Eliane também concedeu uma entrevista sobre o assunto para a Rádio Software Livre.

Segundo ela, antes mesmo de ser comprada, a Sun tinha seus próprios interesses comerciais e nem sempre a comunidade era atendida. “Não nos deixavam mexer no código, tudo era muito rígido e tínhamos que aceitar o que a Sun fazia. Quando foi comprada pela Oracle, eles acabaram com o OpenSolaris e iniciaram o processo contra o Google em torno do Java” . Para ela, todos esses aspectos deixaram a comunidade insegura e motivaram discussões em vários países. O resultado foi a criação da The Document Foudation. O software foi batizado mundialmente de LibreOffice, mas no Brasil continuará sendo chamado de BrOffice. “É um nome que tem um peso muito grande e 15 milhões de usuários no Brasil”, diz.

Para ela, o mais importante é que o LibreOffice ganhou uma força e representatividade muito grandes com a adesão de vários países. “Com este software temos liberdade de codificar, desenhar e comentar. É um grande avanço para a comunidade”. A versão 3.3 será lançada em breve e já está diponível para testes em http://pt-br.libreoffice.org. A logo da nova versão já segue o padrão usado internacionalmente. Ela acredita que com o tempo o Brasil também passará a utilizar o nome LibreOffice.

Já a BrOffice.org continua extremamente atuante, inclusive traduzinho o LibreOffice para o português e promomendo o software junto às comunidades. A revista BrOffice está em sua 18ª edição e a partir de agora será mensal. Feita de forma colaborativa, a revista é gratuita e disponível para download.