Criação de três mil telecentros, anunciada pelo Governo Federal, permitirá a ampliação do acesso da população pobre à internet

A meta de reduzir a exclusão digital no Brasil ganha novo reforço com a decisão tomada pelo Governo Federal de adicionar cerca de três mil novos espaços públicos com acesso gratuito à Internet & os telecentros & aos 5,6 mil já existentes. Para tanto, serão aplicados recursos orçamentários da ordem de R$ 165 milhões.

Como se sabe, telecentros são espaços dotados de computadores conectados gratuitamente à Internet banda larga. Normalmente são equipados com 10 ou mais aparelhos.

Sua finalidade é difundir o uso intensivo da tecnologia da informação para favorecer o fortalecimento da cidadania e combater a pobreza, garantindo ao mesmo tempo a privacidade e segurança digital do cidadão, sua inserção na sociedade da informação e o fortalecimento do desenvolvimento local.

Trata-se de criar as condições mínimas de acesso dos cidadãos aos meios tecnológicos desenvolvidos pela sociedade contemporânea, sem os quais grandes parcelas da população ficariam à margem das conquistas tecnológicas e, portanto, sem condições de desfrutar de oportunidades iguais, sejam como cidadãos sejam como integrantes do mercado de trabalho.

Com a iniciativa do governo será possível organizar uma rede de unidades de múltiplas funções que permita às pessoas adquirirem autonomia tecnológica básica e privacidade a partir do software livre.

Com isso, sai fortalecida a cultura nacional, reforçada pela construção de sites de língua portuguesa e de temáticas vinculadas ao nosso cotidiano, voltados para a qualificação profissional e para o incentivo à criação de postos de trabalho de maior qualidade, a afirmação dos direitos das mulheres e crianças, com vistas a um desenvolvimento tecnológico sustentável e ambientalmente correto, concorrendo para aprimorar a relação entre o cidadão e o poder público, sobre a base de uma cidadania digital e ativa.

Com a atual providência de adicionar três mil centros à rede existente, o governo espera beneficiar mais de oito milhões de pessoas, principalmente de baixa renda, sem acesso à Internet em casa ou no trabalho, dando, simultaneamente, mais qualidade às unidades já existentes, não só com modelos de micros mais atualizados, mas com uma conexão mais eficiente à Internet.

Para tanto, estão sendo convidadas a participar da seleção entidades públicas ou particulares sem fins lucrativos, como organizações não governamentais (ONGs), prefeituras e associações de bairro.

Com a reativação da Telebrás, o governo pretende levar a banda larga aos locais mais distantes do País que não são economicamente interessantes do ponto de vista da iniciativa privada. Assim, o Estado complementa a ação do mercado, garantindo os interesses estratégicos da Nação e as necessidades das populações do interior. Que assim seja.

Edição:  Prof. Christian Messias  | Fonte:  O Povo, 26/02/2010 - Fortaleza CE