quarta-feira, maio 17, 2006

Primeiros protótipos foram produzidos em Taiwan




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O primeiro protótipo do laptop de US$ 100 deve chegar ao Brasil nesta semana. Trata-se da primeira versão funcional da máquina, produzida no fim de abril pela Quanta Computer, de Taiwan - parceira da organização não-governamental One Laptop per Child (OLPC), responsável pelo projeto. Até então, os modelos apresentados em feiras e eventos ao redor do mundo mostravam apenas o conceito do equipamento.


Primeiros protótipos foram produzidos em Taiwan

Os desenvolvedores, porém, não conseguiram atingir a meta de US$ 100 e já trabalham com um preço de US$ 135 para os primeiros lotes, previstos para sair entre o fim deste ano e o início do próximo. "Parte do custo não pôde ser controlada, principalmente o preço das memórias flash e DRAM", explicou o vice-presidente de software da OLPC, Jim Gettys.

No futuro, o valor deve baixar mais. Para Gettys, a principal tarefa hoje está em outra área. "Um projeto como esse é bem-sucedido quando inspira as pessoas para que o transformem em realidade. Construir uma comunidade mundial de professores, educadores, programadores e governos é o nosso maior desafio."

Entre os que vão receber o protótipo está o programador Marcelo Tosatti, um dos principais defensores do software livre do País. Ele recebeu a tarefa de ajudar a "azeitar" o software do notebook. "Estou muito empolgado", disse. "Acho que nem o pessoal do projeto tem a exata noção das oportunidades de acesso à informação que serão abertas para as crianças."

Tosatti acaba de ser contratado pela empresa Red Hat, que participa da iniciativa. Como ele tem experiência em trabalhar com Linux - sistema operacional que será usado no laptop - em equipamentos com poucos recursos, sua participação caiu como uma luva.

Resta saber se a idéia de distribuir laptops para os estudantes vai ser adotada no Brasil. O governo federal até agora só deu sinais ambíguos. Na semana retrasada, o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos, Luiz Gushiken, afirmou que o País não participaria da iniciativa. Dias depois, o assessor especial da Presidência Cezar Alvarez colocou panos quentes e disse que o governo está muito interessado. Só o tempo dirá quem tem razão.


Fonte: O Estado de São Paulo


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