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Imagine um encontro de especialistas em tecnologias da informação que dura 32 horas ininterruptas. Imaginou?  Isso é possível no “Encontrão Hacker”, que acontece na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, como parte da programação do Conexões Globais. O evento está sendo realizado entre os dias 24 e 25 de janeiro. A Secretaria Nacional de Articulação Social (SNAS) é uma das organizadoras em parceria com outras instituições.

Temas como democracia 2.0, Marco Civil da Internet, soberania na rede, cultura digital e mobilização social na era da internet norteiam os debates, oficinas e seminários. Parte programação aconteceu até de madrugada com o encontro de hackers. A ideia surgiu no intuito de colocar em prática a filosofia hacker para a participação social. Assim, os hackers pretendem desenvolver plataformas de intervenção virtual para propor formas de interação entre governo e sociedade.

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Mulheres conectadas

A jovem Daniela B. Silva, 27, é coordenadora da RodAda  Hacker de Mulheres. A grafia de “RodAda” com “A” maiúsculo é em referência à Ada Lovelace, uma matemática inglesa reconhecida por ter escrito o primeiro algoritmo para ser processado por uma máquina. “As mulheres ainda estão subrepresentadas na área técnica, em comunidades de softwares livres ou em eventos hackers, mas aqui no Conexões há várias meninas. Praticamente 50% dos participantes”, felicita.

No encontro, as participantes desenvolveram uma proposta de oficina de programação básica voltada para mulheres. Porém o objetivo maior é fazer com que qualquer pessoa possa se empoderar de recursos tecnológicos e participar do desenvolvimento de políticas públicas. “Queremos que as pessoas que vão entrar nos processos de participação digital não sejam apenas usuários e usuárias. Queremos que elas tenham o conhecimento técnico necessário para ela se aproximar das ferramentas”, afirma.

Daniela explica que a “arquitetura de comunicação” da atualidade está completamente diferente da de outrora, onde a população se informava apenas através das mídias de massa. Ainda assim, ela acredita que é necessário o desenvolvimento de processos mais aprofundados na relação entre sociedade e Governo. “Hoje um adolescente pode ter 30 mil seguidores no Twitter e consegue levar 3 mil pessoas pra rua. A comunicação se desenvolveu, é irreversível, e isso reflete na política”, finaliza.

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No Participario há uma comunidade que se chama Desenvolvimento e Participação Social Juvenil. Que tal conhecer e participar dos debates?

Participatório da Juventude
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