quarta-feira, setembro 17, 2008

Agência Brasil - Centros de ensino já contam com conexão de alta velocidade para rede acadêmica - Internet

 
20 de Agosto de 2008 - 06h17 - Última modificação em 21 de Agosto de 2008 - 07h45


Centros de ensino já contam com conexão de alta velocidade para rede acadêmica

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

 
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São Paulo - Desde ontem (19), os centros de ensino e pesquisa da região metropolitana da cidade de São Paulo podem se interligar a uma rede capaz de transmitir rapidamente grande volume de informações. Em breve, essa rede metropolitana paulista - que já conta com seis instituições - deverá se integrar à Rede Ipê, um pool nacional que reúne outras 400 entidades.

Inaugurada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, a infra-estrutura de fibras ópticas de 145 quilômetros de extensão comporta a troca de dados a uma velocidade de 1 Gbps. Ela deverá facilitar e ampliar a divulgação de estudos científicos, integrando universidades e unidades de pesquisa que poderão compartilhar iniciativas de educação a distância e interagir por meio de videoconferências.

Segundo a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Ministério da Ciência e Tecnologia, redes semelhantes à inaugurada em São Paulo já existem em Belém (PA), Manaus (AM), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Natal (RN), além do Distrito Federal. Segundo o ministro, outras 13 redes comunitárias metropolitanas serão inauguradas até meados de 2009.

A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto br (Nic.br) gastaram R$ 3,2 milhões para instalar, em São Paulo, parte da rede de fibra óptica (a infra-estrutura já instalada por empresas de telefonia também foi utilizada) e os equipamentos necessários à transmissão de dados em alta velocidade.

Para a reitora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Vilela, a Rede Metropolitana permitirá às universidades manter diversos projetos de alta complexidade com outras instituições de ensino e pesquisa, fortalecendo a cooperação acadêmica e o desenvolvimento da ciência. “Tenho certeza de que a rede irá beneficiar milhares de usuários, entre alunos de graduação e de pós-graduação, professores e funcionários de diversas instituições, em especial da USP”.

As sete instituições que já fazem parte da rede são o Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo (Cefet-SP), o Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas, o Nic.br, a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Federal do ABC (UFABC - Santo André).

Além da rede acadêmica de alta velocidade, também foram inaugurados quatro núcleos de telemedicina que irão se integrar à Rede Universitária de Telemedicina, uma iniciativa que busca aprimorar a infra-estrutura presente nos hospitais universitários e promover a integração dos projetos existentes no setor. Os núcleos paulistanos funcionarão no Hospital São Paulo (da Unifesp), Hospital Universitário da USP, Hospital das Clínicas (da Faculdade de Medicina da USP) e no Instituto Dante Pazzanese.

Entre as atividades de telemedicina e telessaúde já realizadas pelas quatro instituições paulistanas destacam-se as sessões de telerradiologia, teleginecologia, telegeriatria, e teleurologia, em que são realizados debates, palestras e estudos de casos; o projeto Homem Virtual, onde são desenvolvidos modelos 3D em computação gráfica que permitem visualizar a anatomia e fisiologia de diversas partes do organismo humano, além dos conteúdos multimídia para Educação Médica Continuada a Distância e transmissões de técnicas cirúrgicas disponibilizadas pela Unifesp.

Para o ministro Sergio Rezende, a alta velocidade nas comunicações é uma importante ferramenta para democratizar o acesso à informação e ao conhecimento. “Ela permite um conjunto de iniciativas cada vez mais sofisticadas e talvez não dê nem para imaginar tudo que vai ser possível fazer com redes velozes daqui a dez ou 20 anos”.

Rezende informou ainda que já está negociando com os estados para que o projeto possa beneficiar cidades distantes dos grandes pólos. “Estamos discutindo com os estados uma parceria para que possa haver uma interiorização desse processo. Não queremos ficar apenas nas capitais. Agora, o governo federal sozinho não vai conseguir fazer todos os investimentos necessários para poder espalhar essa malha por todo o país".




 


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