29 de Dezembro de 2008 - 16h43 - Última modificação em 29 de Dezembro de 2008 - 17h09
Setor de informática teve bom desempenho no ano, diz empresário
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ano de 2008 foi bom para o setor de informática, com grandes investimentos, bom fluxo de negócios e volume de recursos que possibilitou o desenvolvimento do setor. A análise foi feita à Agência Brasil pelo presidente do Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro (Seprorj), Benito Paret.
“Teve, por um lado, negócios, e, por outro lado, também teve recursos que foram proporcionados pelas linhas de financiamento do governo federal, principalmente através da Financiadora de Estudos e Projetos [Finep], com o programa de subvenção, com os editais dos fundos setoriais. Tudo isso injetou um volume importante de recursos, especialmente para os projetos de inovação das nossas empresas”, relatou.
Embora ainda não tenha feito prognósticos para o ano de 2009, por não poder prever quais serão os efeitos da crise internacional, Paret analisou que o setor, no estado do Rio, sofrerá um impacto menor, em função dos investimentos já programados e que deverão ter continuidade. “Podem desacelerar um pouco, mas não tanto que chegue a afetar significativamente a atividade no estado. Eu creio que há uma oportunidade importante para o mercado interno e as nossas empresas terão capacidade de investir”, sinalizou.
Para o setor de Tecnologia da Informação, o presidente do Seprorj disse que o principal desafio a ser superado é a falta de confiança do setor na sua própria capacidade. “Eu, às vezes, fico com a impressão de que o pessoal tem uma certa falta de determinação de enfrentar o desafio que vem pela frente. Acho que coragem é algo importante para enfrentar as oportunidades que vão se apresentar”, constatou.
Paret se queixou da pesada carga tributária e dos juros elevados que, para ele, funcionam como entraves ao desenvolvimento do setor, mas afirmou que a pior dificuldade “é quando você não tem negócio. Quando você tem negócio, reclama porque paga muito caro, mas vai sobrevivendo. Isso é o fundamental: ter negócio, ter oportunidade, apoio e reconhecimento da importância do nosso setor para a economia nacional”.
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