PSL-Brasil - Carta ao Congresso Nacional sobre a defesa do Software Livre - Software Livre
Viewed 196 timesCom o desdobramento do caso em que relatamos a defesa do Software Livre, estou encaminhando carta aos políticos nos quais votei na última eleição. Acredito que a única maneira de ver a democracia funcionar é fazer a nossa parte, exigindo dos nossos representantes que façam o que foram eleitos para fazer: nos representem. Assim, estou encaminhando o conteúdo publicado abaixo ao Deputado Distrital Chico Leite, ao Deputado Federal Reguffe e aos Senadores Rodrigo Rollemberg e Cristovam Buarque, que foram minhas escolhas nas últimas eleições.
Prezado Deputado/Senador,
O objetivo da comunicação é relatar um acontecimento grave e que representa um completo desinteresse pela indústria nacional por parte da Polícia Federal. Trabalho na empresa Lightbase, e fomos informados há alguns meses que seríamos substituídos no órgão em detrimento da plataforma de software proprietário Oracle, pelo simples fato de que a Coordenação de Informática do Departamento adotou o referido software por padrão.
O procedimento de substituição foi feito sem licitação utilizando um contrato do tipo guarda-chuva para fábrica de software, que contraria as instruções normativas 04/2008 e 01/2010 da SLTI/MPOG, além da 12.349/2010 que diz respeito à defesa da tecnologia nacional.
Questionamos o Tribunal de Contas sobre a legalidade do ato através de carta, cuja cópia pode ser acessada no endereço
http://www.eduardosan.com/wp-content/uploads/2012/05/Carta-ao-TCU-Outubro-2011.pdfe obtivemos como resposta o acórdão disponível aqui:
http://www.eduardosan.com/wp-content/uploads/2012/05/Processo-TCU-x-Interpol.pdfNa condição de eleitor de vossas senhorias gostaria que tornassem pública sua posição perante o fato e convocassem para esclarecimentos os envolvidos, uma vez que a resposta do TCU diz que as normas “não tornam obrigatória a preferência por software nacional, livre e público”. Ora, o Governo faz normas que ele mesmo não cumpre?
Um relato completo do caso pode ser acessado no endereço
http://www.eduardosan.com/2012/05/30/a-verdadeira-defesa-do-software-livre/Abaixo um link de republicações e comentários sobre o caso:
Blog do Nassif:
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/pf-substitui-software-livre-por-proprietarioDicas-L:
http://www.dicas-l.com.br/arquivo/a_verdadeira_defesa_do_software_livre.phpAguardo manifestação
Eduardo F. Santos
* fonte: blog de Eduardo Santos
PSL-Brasil - Carta ao Congresso Nacional sobre a defesa do Software Livre - Software Livre
PSL-Brasil - Olhos atentos: O Estado do Paraná possui Leis Estaduais de Software Livre e ODF - Software Livre
Viewed 230 timesPrezados Cidadãos, Jornalistas, Parlamentares, Funcionários Públicos, Ministério Público e OAB,
Fiquem de Olhos atentos.
O Estado do Paraná possui as Leis Estaduais: Lei 14.058/2003, Lei 14.195/2003 e a Lei 15.742/2007.
Essas Leis se referem a adoção preferencial de Software Livre, Sistema Operacional Open Source e Uso de Open Document Format ODF (LibreOffice).
Significa que, quando o Governo do Paraná for adquirir Software, deve-se dar preferência ao Software Livre, Sistema Operacional de código aberto e uso de documentos (texto, planilha e slides de apresentação) Padrão Aberto de Documentos - ODF, NBR ISO/IEC 26.300, em vez de comprar Software Proprietário (privativo, de código fechado).
Com o cumprimento das Leis acima, evita-se um gasto desnecessário com compras de software proprietário. Com essa grande economia pode ser utilizado para atender as áreas com grande prioridade para os paranaenses: Saúde, Educação, Segurança Pública, etc.
O Governo anterior do Paraná já economizou mais de R$ 1 bilhão de reais com a adoção de Software Livre e os cancelamentos de contratos de terceiro para desenvolvimento de software (foi designado que a Celepar desenvolvesse todos os softwares).
Confiamos no Governo que na sua posse, jurou cumprir as Leis e a Constituição.Com a Lei de Acesso as informações podemos saber o cumprimento das Leis de Software Livre.
PSL-Brasil - A Verdadeira defesa do Software Livre - Software Livre
Viewed 285 timesCarta ao TCU contestando a substituição
by Eduardo Santos
O assunto de hoje sai um pouco mais do estômago e vai ser difícil manter o auto-controle enquanto escrevo, mas um assunto de tamanha importância não pode passar longe do blog. Sempre ouvi muita gente falando em nome do Software Livre ou simplesmente defendendo, mas quem teve coragem de chegar às últimas consequências? Muitas vezes pensamos “isso não pode estar certo, alguém deveria fazer alguma coisa”. Muito bem, dessa vez alguém fez algo de concreto pela defesa do Software Livre e Público. Pelos próximos parágrafos vou detalhar um pouco o problema e apresentar a incrível resposta dos órgãos de controle. Pretendemos levar o caso adiante, acionando Casa Civil ou instituições superiores, e seria bom obter apoio para as próximas etapas. Já falei muitas vezes que devemos deixar somente o ciberativismo de lado e arregaçar as mangas. Esse é o momento.
O contexto
Para quem não sabe trabalhei durante alguns anos no Ministério do Planejamento sendo um dos desenvolvedores do Portal do Software Público. Além de, é claro, desenvolver o portal, realizei durante muito tempo um trabalho de divulgação da iniciativa viajando o país para realizar palestras e apresentações. No ano de 2007 realizei uma apresentação no SEBRAE com o tema “Compras de software pelo Governo” (acesse a seção de palestras para baixar o material) que tinha como principal objetivo apresentar o modelo de Software Público aos empresários e dizer a eles como poderiam ganhar dinheiro com o Portal. No público estavam vários representantes do Mercado de software nacional e, obviamente, fui muito contestado.
Os principais argumentos, muitos deles válidos, eram na linha de como o Software Livre não privilegiava o Mercado nacional. Afinal, as maiores empresas do ramo são americanas, e continuam dominando o mercado de serviços até hoje. Quase não me deixaram falar, e entre uma tentativa e outra consegui finalizar minha apresentação demonstrando as vantagens do novo modelo. Um dos empresários me procurou após a palestra ainda contestando o que eu estava escrevendo, mas se dispôs a me procurar no MPOG e conversarmos mais detalhadamente pelo modelo. Algumas reuniões depois, o Lightbase seria liberado como Software Livre e Público, sendo o primeiro caso no Brasil de adesão ao modelo pela iniciativa privada.
Não imaginávamos à época a importância do ato, mas algum tempo depois o Portal foi contestado em audiência no Senado Federal pelas “associações” de software nacional, que não me representam enquanto empresário do ramo. O e-cidade causa confusão entre as empresas de software tradicional, que não conseguem mais empurrar suas licenças aos municípios como sempre fizeram. Enfim, o ato causou a adesão do setor privado, e os empresários do modelo tradicional ficaram perdidos.
Hoje trabalho com o Jairo na empresa Lightbase Consultoria. Acho importante citar que cheguei até aqui porque depois de cinco anos de Portal saiu a primeira contratação de um Software Público pelo Governo Federal, e não podia deixar de fazer parte desse projeto.
O problema
Sempre acreditei e defendi que o Software Livre é o melhor modelo para todos os envolvidos. Além disso, acredito ser economicamente viável manter uma empresa que trabalha exclusivamente com Software Livre e Público, como já defendi aqui em discussão com um funcionário da Microsoft. Curiosamente a empresa sempre está presente em todos os lugares onde falamos sobre Software Público, mas isso é um post para outra ocasião. Pois bem, a empresa Lightbase desenvolveu um sistema para a Polícia Federal, que não vem ao caso no momento. Depois de muitos anos de serviços prestados, fomos informados que o banco de dados Lightbase seria removido por causa da padronização do Oracle pela Coordenação de TI. O objetivo é migrar todos os sistemas que hoje operam no Lightbase para Oracle e remover a empresa de lá.
Sem questionar o software propriamente dito ou entrar em detalhes técnicos, após muitas reuniões e tentativas de explicar aos responsáveis a importância do software nacional e livre fomos informados de que a migração seria realmente feita. Uma pequena empresa nacional seria substituída por uma multinacional estrangeira, cujo valor da licença de utilização é muitas vezes superior ao contrato entre a PF e a empresa Lightbase. Sem contar o custo de desenvolvimento de uma nova aplicação e migração dos dados.
Apesar de já ter ouvido a mesma história muitas vezes, acreditávamos que com as mudanças na legislação tínhamos embasamento para questionar o Tribunal de Contas sobre a legalidade do ato da Polícia Federal. Redigimos então uma carta ao Tribunal de Contas da União questionando a contratação com base em algumas premissas:
- Não foi dada preferência à tecnologia nacional com vantagem competitiva de 25% do valor, conforme a Lei 12.349/2010;
- Não foi realizada licitação para escolha do banco de dados Oracle. Ou seja, o mesmo foi contratado com INEXIGIBILIDADE de licitação;
- A migração dos sistemas da Polícia Federal para a plataforma Oracle seria antieconômica, pois o software atual ATENDE AS NECESSIDADE DO CLIENTE e NÃO POSSUI CUSTOS DE LICENCIAMENTO, por ser livre;
- A opção pela plataforma Oracle viola o artigo 10 da IN 04/2010 da SLTI/MP, onde deve ser dada preferência a Softwares Públicos e livres.
Pois bem. As premissas parecem fazer sentido? Observe a resposta do TCU.
A resposta do TCU
Como muitas pessoas vão querer ler por inteiro o conteúdo, segue em anexo o acórdão do TCU. O processo contém o detalhamento de todas as nuances do acordo, então vou me ater somente aos itens retirados de lá que são resposta direta aos questionamentos que fizemos.
1 – A migração dos sistemas da Polícia Federal seria antieconômica
Veja a resposta:
31. Conforme informações constantes no Despacho (…), a plataforma Oracle vem sendo utilizada há, aproximadamente, 10 anos pelo DPF, não sendo, portanto, “nova tecnologia em detrimento de outra”.
(…)
35. Nesse contexto argumentou o Chefe do Serviço de Desenvolvimento de Sistemas da CTI/DPF que “não se mostrou razoável que esta CGTI [CTI] mantivesse em uso tecnologias que acarretem maior dificuldade de manutenção e de seleção de fornecedores” (peça 14, p. 8), razão pela qual se optou por desenvolvimento de um novo sistema em plataforma Oracle “integrado às fontes de dados corporativas, eliminando redundâncias e incrementando a Governança nesta CGTI”. (…)
36. Considerando que entre as medidas dirigidas ao DPF por força do Acórdão (…) encontraram-se determinações para que o departamento diminuísse seu nível de dependência de pessoas chaves ou de empresas específicas para a manutenção dos sistemas (…) mostra-se, portanto, coerente com as orientações do TCU (…)
Considerando o que disse o TCU, podemos extrair duas coisas:
- Não há vantagem em utilizar Software Livre porque o Mercado todo conhece tecnologias proprietárias. Obrigado universidades e escolas brasileiras (ironia).
- Utilizar Oracle reduz o nível de dependência em relação a uma empresa. Faz sentido? Deve fazer, porque depender da Oracle certamente é melhor que depender de uma pequena empresa brasileira. Quem não prefere um produto importado?
2 – Não foi realizada licitação
A resposta:
41. (…) o desenvolvimento do (…) encontra-se no bojo de contrato de prestação de serviços de tecnologia da informação mantido entre o DPF e a (…), não havendo, portanto, ilegalidade em serem incluídas novas demandas pelo Departamento nesse ajuste, que foi antecedido de licitação (…).
Para os órgãos públicos é mais fácil manter um contrato com uma grande prestadora de serviços em uma única tecnologia e fazer todo o desenvolvimento com a mesma tecnologia. É a tal padronização tecnológica. Podemos discutir a questão dos “contratos guarda-chuva” em outro momento. Contudo, vale o questionamento: qual é a diferença entre um contrato desse tipo e a famosa terceirização por postos de trabalho?
3 e 4 – Não foi observada a IN 04/2010 da SLTI/MP e a Lei 12.349/2010
Essas são as respostas que me deixam mais triste:
50. Entende-se que não há obrigatoriedade de adoção de sistemas de TI produzidos no Brasil (nacionais) e em software livre (…)
51. As margens de preferência são, na verdade, incentivos para a contratação de soluções nacionais e, como o próprio nome diz, não implicam a obrigatoriedade de que sejam inseridas, pelos órgãos públicos, disposições em editais de licitação que obriguem o órgão ou quem patrocina a licitação a contratar soluções apenas produzidas no Brasil.
(…)
53. Embora a utilização de softwares livres seja uma opção governamental (…) não há lei que disponha acerca da contratação obrigatória de sistemas produzidos com código aberto.
Reflitamos por um momento: para que servem as políticas de Governo? Se o próprio governo não segue suas orientações, quem deverá seguir? O mais interessante é que se afirma categoricamente a não obrigatoriedade. Ora, não somos obrigados a seguir as leis, ou pior, quem escreve a lei não é obrigado a segui-la? Para não deixar questionamento, um artifício jurídico é utilizado mais abaixo:
54. Considerando que o contrato (…) foi firmado com base em edital de licitação lançado em 2009 (…), não há que se falar em normas editadas em momento posterior. (…)
Justifiquemos o injustificável pelo único caminho possível: a data. Contudo, vale lembrar que existe uma Instrução Normativa Anterior, a IN 04/2008 que, dentre outras coisas, cita:
Art. 5º Não poderão ser objeto de contratação:
I – todo o conjunto dos serviços de Tecnologia da Informação de um órgão ou uma entidade em um único contrato;
II – mais de uma Solução de Tecnologia da Informação em um único contrato; e
III – gestão de processos de Tecnologia da Informação, incluindo gestão de segurança da informação.
Essa IN simplesmente torna ilegal o contrato, uma vez que a fábrica de software está sendo utilizada para desenvolver um software para o qual ela não foi contratada. Na mesma IN está escrito que ainda na fase de planejamento da contratação deve ser observado:
Art. 9º A fase de Planejamento da Contratação consiste nas seguintes etapas:
(…)
IV – identificação por parte da Área de Tecnologia da Informação, com participação do Requisitante do Serviço, das diferentes soluções que atendam às necessidades, considerando:
a) disponibilidade de solução similar em outro órgão ou entidade da Administração Pública Federal;
b) soluções existentes no Portal do Software Público Brasileiro (http://www.softwarepublico.gov.br);
c) capacidade e alternativas do mercado, inclusive a existência de software livre ou software público;
O Software Livre e Público é citado mais uma vez. Agora eu pergunto: o Governo é obrigado a seguir uma norma imposta por ele mesmo? Considerando que a DPF é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça, cabe sim a obediência às diretrizes estabelecidas pelo órgão central do SISP. Como pode uma instituição desobedecer a regra com o aval do próprio TCU?
Conclusão
Sei que o post é longo e parabéns se leu tudo até aqui. O ponto aqui não é questionar o valor da contratação, as tecnologias utilizadas ou a “beleza” desse ou daquele software, mas sim a simples substituição de uma empresa nacional que trabalha com software livre por outra estrangeira que só vende software proprietário. Me lembro de quando disse ao Jairo que liberar o código poderia ser o caminho, mas em momentos como esse me questiono se realmente vale a pena.
Essa luta não vai acabar aqui. Continuaremos buscando todos os recursos cabíveis. Não se trata de um grande contrato, mas chegou o momento de não mais assistir impassível quando absurdos do tipo acontecem. Fica a dica: se presenciar o mesmo em sua cidade, seu estado, enfim, em qualquer instituição pública, denuncie. Dessa vez o TCU ficou do lado do Governo, mas se continuarmos fazendo barulho o injustificável ficará cada vez mais difícil de esconder.
Fique à vontade para fazer suas perguntas ou simplesmente compartilhar a experiência na área de comentários.
Carta ao TCU contestando a substituição
* fonte: blog Eduardo Santos
PSL-Brasil - A Verdadeira defesa do Software Livre - Software Livre
PSL-Brasil - Via @RSUrgente: Ameaças que pairam sobre a liberdade na internet no Brasil - Software Livre
Viewed 257 timesMarcelo Branco aponta ameaças que pairam sobre a liberdade na internet no Brasil
As ameaças sobre a liberdade na internet que pairam sobre o contexto brasileiro foram tema de uma intervenção de Marcelo Branco, durante o lançamento do 13º Fórum Internacional de Software Livre, que ocorreu nesta segunda-feira (4), no Palácio Piratini, em Porto Alegre. Militante da causa da liberdade na internet há vários anos, Marcelo Branco apontou um conjunto de problemas e ameaças que já são reais no Brasil.
As empresas operadoras de telefonia, assinalou, representam hoje uma ameaça à liberdade na internet, pois querem quebrar a neutralidade da rede. Essa neutralidade significa que todas as informações que trafegam na rede devem ser tratadas da mesma forma, navegando a mesma velocidade. Trata-se de um princípio que garante o livre acesso a qualquer tipo de informação na rede e impede, por exemplo, que as operadoras possam “filtrar” o tráfego, definindo que tipo de dados pode andar mais ou menos rápido. Para Marcelo Branco, a neutralidade na rede não precisa de regulamentação. Ou ela existe, ou não existe. O grande risco, apontou, é que essa regulamentação seja feita pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que seria “sensível” ao lobby das operadoras.
Em segundo lugar, Marcelo Branco apontou a indústria do copyright como outra ameaça à liberdade na internet. “As empresas que compõem essa indústria querem uma internet vigiada que criminalize o usuário. Empresas como Google e Facebook podem ser nossas aliadas neste item, mas, por outro lado, ameaçam a nossa privacidade”. Neste tema (do copyright), o ativista criticou a atual gestão do Ministério da Cultura, classificando-a como “reacionária e conservadora”.
A pressão pela criminalização na internet vem crescendo em vários níveis. Marcelo Branco considerou um absurdo querer responsabilizar um provedor por um eventual crime cometido por um usuário. “É como querer responsabilizar uma operadora de celular por um crime cometido por um bandido que utilizou o telefone durante o delito ou para praticar o mesmo”. Ele também criticou a retirada de conteúdo de páginas da internet sem mandado judicial. “Isso é inaceitável em um Estado Democrático de Direito”.
Por fim, Marcelo Branco criticou a iniciativa do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) de realizar uma consulta pública sobre patenteamento de softwares. “Foi um vacilo do governo Dilma. Uma das maiores lutas do movimento de software livre mundial, foi justamente contra a implementação de patentes de software na Europa. Em 2005, a Europa rejeitou a possibilidade do software ser patenteado. Patente de software é uma ameaça a inovação, ao software livre e a liberdade do conhecimento. O Brasil não pode seguir esse caminho”, defendeu.
Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
Stallman lança 13º Fórum de Software Livre e adverte para ameaças da sociedade digital
O criador do movimento software livre, Richard Stallman, participou nesta segunda-feira (4), no Palácio Piratini, do lançamento da 13ª edição do Fórum Internacional Software Livre, que será realizada de 25 a 28 de julho, no Centro de Eventos da PUC-RS, em Porto Alegre. Em um ato que contou com a presença do governador Tarso Genro, Stallman falou sobre as crescentes ameaças à liberdade na sociedade digital. Em uma rápida intervenção no início da cerimônia, o governador gaúcho disse que o movimento em defesa do software livre representa hoje “uma das lutas mais importantes para recuperar a densidade da democracia que hoje se encontra esvaziada”. Tarso agradeceu e destacou o empenho de ativistas como Marcelo Branco em defesa da liberdade digital. “Quando eu era ministro da Justiça, foi ele que me advertiu sobre a necessidade de entrarmos no debate sobre o projeto restritivo e de censura que tramitava então no Congresso Nacional. Conseguimos bloquear a votação desse projeto e ajudamos a estimular um debate nacional sobre o tema”.
A fala de Richard Stallman foi marcada por graves advertências acerca das crescentes restrições na internet. Para o criador do Projeto GNU, iniciado em 1983 nos Estados Unidos, coisas muito sérias estão acontecendo na sociedade digital. “A inclusão digital pode ser uma coisa muito boa ou muito ruim. Depende de onde a sociedade será incluída. O que vemos hoje é que a liberdade está sendo atacada de várias maneiras. Talvez tenhamos que diminuir um pouco a nossa inclusão para preservar as nossas liberdades”, sugeriu.
Após um período de euforia e liberdade, os usuários da internet devem começar a se policiar, pois tudo o que fazem está sendo gravado e classificado. A palavra “tudo”, aqui, não é força de expressão. É “tudo” mesmo. Stallman citou os casos do Facebook, do Google e do Google Analytics como exemplos de um sistema de vigilância que está sendo feito em vários níveis. O mais perigoso, defendeu, é aquele controlado pelos governos. “Grandes empresas privadas como Amazon, Microsoft, Apple e grandes empresas de telefonia também têm seus sistemas de vigilância. Nós podemos controlar isso usando software livre, por exemplo. Mas quando se trata de governos, a situação é mais complicada. Na Inglaterra, há um sistema que diz onde está cada automóvel do país pelo controle da placa. É algo que Stálin não teve, mas que gostaria de ter”, brincou.
Durante a sua fala, Stallman anunciou, em tom de lamento, que amanhã (terça-feira) estará visitando a Argentina pela última vez em virtude de um sistema de gravação das impressões digitais de todas as pessoas que entram ou saem do país. “Será meu último voo para a Argentina. Algumas coisas não podem ser toleradas. O Estado não pode saber tudo sobre todos. A polícia secreta da União Soviética não tinha esse controle sobre a vida das pessoas”, protestou o fundador da Free Software Foundation, que acrescentou. “Numa sociedade livre, não pode ser fácil para a polícia saber tudo sobre todas as pessoas. Se for fácil, então não estaremos vivendo em uma sociedade livre”.
Stallman citou também como ameaça à liberdade a tentativa de censura na internet em vários países, mas essa luta, segundo ele, parece que está sendo vencida pela internet. “A censura existe muito antes do computador, mas parece que a internet está ganhando da censura. Muitos países têm tentado exercer a censura por meio de filtros e outros mecanismos, mas não estão conseguindo”. Outra forma de controle, apontou, é o uso de formatações sigilosas de dados para limitar o acesso. “Essa prática vem sendo usada por empresas para barrar a competição, com programas que restringem o acesso dos usuários. Vídeos estão sendo distribuídos dessa forma, com formatos secretos, para que não haja livre difusão”.
O ativista defendeu a necessidade de um maior engajamento político nesta luta contra as ameaças à liberdade no contexto da chamada sociedade digital. “Muitas pessoas não querem se envolver nos aspectos políticos dessa luta, o que é um erro. Num certo sentido, precisamos mais de ativistas do que de programadores hoje”, afirmou. Stallman defendeu, por fim, que os governos e as agências governamentais passem a usar prioritariamente softwares livres, o que não acontece hoje.
Foto: Caroline Bicocchi/Palácio Piratini
PSL-Brasil - 10 coisas que não existiriam se não fosse o Linux - Software Livre
Viewed 1073 timesLinux.
Muita gente treme só de ouvir falar no sistema operacional criado por Linus Torvalds e divulgado ao mundo a partir de 1991. Contudo, essa história de que “Linux é difícil de usar” tem ficado dia a dia mais para trás, vide distribuições cada vez mais funcionais e amigáveis para o usuário final como Fedora e Ubuntu.
Contudo, o sistema operacional livre mais usado no mundo não corresponde apenas às várias distribuições que milhões de pessoas usam ao redor do globo terrestre. Ele está em lugares que você, provavelmente, nem imagina, comprovando toda sua robustez e versatilidade.
Ele é usado em diversas funções diferentes e o Tecmundo lista agora dez coisas que provavelmente não existiriam se não fosse o Linux.
Grandes servidores
Serviços que você utiliza todos os dias, como Google e Facebook têm Linux rodando em seus servidores para armazenar muito conteúdo. Todos os serviços de web da Google, como Docs, Agenda e Calendário, ficam hospedados em máquinas com o sistema operacional do pinguim.
Sistemas de controle de tráfego aéreo
Para que as pessoas viajem em segurança de uma parte a outra do mundo, há a necessidade de controle de tráfego aéreo. A maioria das máquinas operadas pelos controladores de voo usa Linux para garantir que o avião que carrega você de um ponto a outro decole e pouse em segurança.
Sistemas de alta tecnologia para controle de tráfego
Segundo o site LinuxforDevices.com, a cidade de San Francisco, uma das mais populosas dos Estados Unidos, usa um sistema de alta tecnologia para controle de tráfego terrestre. O município tem um trânsito caótico e é com Linux rodando em seus computadores que a prefeitura local pretende reduzir esse problema.
Android
Android também é Linux.
O Android é o sistema operacional desenvolvido pela Google para dispositivos portáteis. Ele é um dos mais usados do gênero e cada vez mais novos aparelhos de grandes fabricantes são lançados com ele instalado. Pois se você ainda não sabia, agora é a hora: Android é desenvolvido tendo como base o Linux.
Trem de alta velocidade japonês
Outra ajuda que o Linux dá ao mundo dos transportes é funcionando nos computadores que operam o sistema de trens de alta velocidade no Japão. Sempre que nessas enormes e velozes máquinas de ferro embarcam passageiros e eles partem rumo ao seu destino, é o sistema criado por Linus Torvalds demonstrando a sua versatilidade.
Bolsa de Nova York
A Bolsa de Valores de Nova York também usa Linux. Desde 2007, o local que é o ponto nevrálgico do sistema financeiro estadunidense optou por instalar o sistema livre em suas máquinas. Os motivos são simples e claros: redução de custos (afinal, Linux é de graça e não se paga licença) e aumento de flexibilidade (não à toa o sistema é chamado de “livre”).
Supercomputadores
Outra informação recorrente no mundo do software livre é a preferência de desenvolvedores de supercomputadores pelo Linux. Estimativas apontam para cerca de 90% das supermáquinas existentes hoje rodando alguma variação de Linux. A explicação talvez seja a mais óbvia: o sistema livre é gratuito e flexível.
Carros inteligentes da Toyota
Recentemente, de acordo com o site LinuxInsider, a Toyota aderiu à Linux Foundation, a fundação criada em 2007 e que é responsável pela colaboração para aprimoramento do sistema. A justificativa, segundo o gerente geral de projetos da empresa Kenichi Murata, foi o fato de o sistema Linux possuir “a flexibilidade e a maturidade tecnológica” de que eles precisam para desenvolver veículos inteligentes.
Acelerador de partícula
A Cern, Organização Europeia para a Investigação Nuclear, maior laboratório de física de partículas do mundo e referência global no assunto, faz uso do sistema em suas pesquisas relacionadas a partículas de energia. O famoso acelerador de partículas do laboratório funciona com Linux.
Submarinos nucleares
A Lockheed Martin, maior produtora de produtos aeroespaciais para fins militares do mundo, apresentou, em 2004, a linha de submarinos nucleares BAEs Astute-class. O sistema central dessas máquinas subaquáticas possui a distribuição de Linux Red Hat instalada.
. . . . .
Se você ainda procurava motivos para se tornar fã de software livre e do Linux, um dos maiores expoentes desse campo da tecnologia, aí estão mais dez.
Fonte: http://goo.gl/bJsGX
PSL-Brasil - 10 coisas que não existiriam se não fosse o Linux - Software Livre
PSL-Brasil - Latinoware 2012 - Abertas as Inscrições - Software Livre
Viewed 264 times“Estão abertas as inscrições para a IX Conferência Latino-Americana de Software Livre – Latinoware 2012. Evento ocorrerá nos dias 17.18 e 19 de Outubro de 2012 no Parque Tecnológico Itaipu – PTI em Foz do Iguaçu – Paraná. A Latinoware 2012 surge com a proposta de divulgar o desenvolvimento e incentivar a utilização do Software Livre nos países da América Latina. O evento é uma iniciativa da ITAIPU Binacional, da Fundação PTI – Brasil, do Governo do Paraná, por meio da Companhia de Informática do Paraná – CELEPAR, do Serviço Federal de Processamento de Dados – SERPRO e outros parceiros. A característica cooperativista do Software Livre é uma questão pontual e de grande importância para integração cultural, econômica e tecnológica.
http://lapsi.latinoware.org”
ou http://www.latinoware.org "inscrições"Marcos Siríaco Martins
PSL-Brasil - Latinoware 2012 - Abertas as Inscrições - Software Livre
PSL-Brasil - Governador Tarso Genro sanciona lei do ODF - Software Livre
Viewed 439 timesO governador Tarso Genro sancionou nesta quarta-feira, 13 de junho, lei que oficializa a preferência por formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização digital de documentos. A Lei Nº 14.009 entra em vigor hoje, 14 de junho, data de sua publicação no Diário Oficial. O padrão ODF (Open Document Format), constitui-se em uma alternativa aos formatos de documentação que são propriedade de empresas privadas, sujeitos a licença de uso restrito ou onerosas, permitindo a organizações e indivíduos escolherem o software que mais lhes convém para lidar com os arquivos guardados neste formato. O formato é independente de plataforma e fornecedor tornando-o adequado para a armazenagem de documentos a longo prazo.
Para o diretor de Inclusão Digital da Secretaria Estadual de Comunicação e Inclusão Digital (Secom), Jerson Barrey, a aprovação da lei é mais um importante passo em direção a transparência. Segundo ele, os benefícios da adoção do ODF não se dão apenas na economia de recursos, mas fundamentalmente na independência de fornecedores e na garantia do armazenamento das informações públicas em formatos legíveis independentemente do software que foi utilizado para sua geração.
Mesmo antes da aprovação da lei, o Governo do Estado já incentivava a adoção de formatos abertos, ação que faz parte das políticas de incentivo ao uso de softwares livres. O Gabinete Digital é um exemplo quando se fala em liberdade de software. Desde a sua criação, em maio de 2011, o portal utiliza apenas softwares livres, e para comemorar um ano de atividade, promoveu o encontro do Governador Tarso Genro com o criador do Movimento Software Livre, Richard Stallman. O evento aconteceu no dia 4 de junho, no Palácio Piratini e também marcou o lançamento oficial da 13ª edição do Fórum Internacional Software Livre (fisl13).Fonte: Gabinete Digital
PSL-Brasil - Governador Tarso Genro sanciona lei do ODF - Software Livre
PSL-Brasil - Aprendendo a fazer backups com Bacula - Software Livre
Viewed 272 timesEste é um daqueles vídeos must have que você deve assistir e se possível baixar para aprender como fazer backups a nível enterprise na sua empresa. Nossa motivação é criar um ambiente de backup capaz de manter cópias de segurança mensais (com frequência diária) sem ocupar muito espaço e da forma mais segura possível. A ferramenta utilizada para o backup é o conhecido Bacula, algo como "backup imortal" (backup + Drácula). Ele é uma ferramenta multiplaforma e possui clientes para vários sistemas operacionais. No nosso exemplo vamos utilizar o Linux como diretor, mas nada impede de usar o Windows ou o FreeBSD para gerenciar os nossos backups. Vejam o vídeo no link do blog.
PSL-Brasil - Aprendendo a fazer backups com Bacula - Software Livre
PSL-Brasil - PTI e Prognus selecionam bolsistas para atuar em projeto de pesquisa sobre o Expresso - Software Livre
Viewed 274 timesO Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e a Prognus Soluções Livres, estão oferendo duas bolsas na modalidade DTI (Desenvolvimento Tecnológico e Inovação), para atuar no projeto conjunto de Evolução do Mecanismo de Pesquisa no Expresso Livre. Com duração de até 7 meses, a bolsa tem valor mensal de R$2.190,00. Os interessados devem realizar a sua inscrição até o próximo domingo (17).
A intenção do projeto é aprimorar a experiência do usuário na tarefa de recuperar informações nos e-mails armazenados no Expresso, avaliando diferentes plataformas de busca. Os participantes devem ser graduados em Ciência da Computação, Sistemas de Informação – ou áreas fins – e terem uma experiência mínima de um ano na área.
O edital completo está disponível em http://goo.gl/BFoSs. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ou telefone (45) 3529-2014. Confira outros requisitos para as vagas:
- Conhecimentos obrigatórios: Engenharia de Software, Modelagem de
Sistemas, PHP, SQL, HTML, Javascript e CSS;- Domínio do inglês para leitura;
- Conhecimentos desejáveis: Postgres, LDAP, IMAP (cyrus), GNU/Linux,
Apache, Web;- Criatividade, espírito de trabalho em equipe, foco em resultados,
preocupação com a qualidade, vontade de aprender, pró-atividade;- Disponibilidade de horários flexíveis para realizar as atividades a serem
desenvolvidas no âmbito do projeto.Latinoware 2011
Uma das tarefas do bolsista será apresentar os resultados obtidos durante o trabalho na Conferência Latino-Americana de Software Livre (Latinoware 2012), que será realizada em Foz do Iguaçu entre os dias 17 e 19 de outubro. Posteriormente, estes resultados também serão disponibilizados para a comunidade do Expresso.
PSL-Brasil - IV Fórum de Tecnologia em Software Livre - Software Livre
Viewed 1945 timesConvite para a comunidade! Em sua quarta edição, o Fórum será realizado de 23 a 24 de julho na cidade de Curitiba, PR. O evento será composto por minicursos, oficinas, workshops, painéis e palestras proferidas por convidados de grande renome na área tecnológica.
Objetivo do evento:
- Demonstrar a qualidade e o crescimento regional na área tecnológica;
- Incluir a cidade de Curitiba no calendário nacional de eventos de Software Livre;
- Promover e estimular o compartilhamento de experiências entre comunidades de Software Livre e empresariado visando maior integração entre as partes;
- Promover o uso e o desenvolvimento de software livre e de código aberto como alternativa econômica a pequenos, médias e grandes empresas, sobre as tradicionais soluções proprietárias de custos de licença elevados;
- Estimular o desenvolvimento de tecnologia local com o uso do software livre, seja no campo empresarial, junto à administração pública ou ainda no âmbito acadêmico e comunitário;
- Oferecer aos participantes um momento de socialização envolvendo a temática do evento.
PSL-Brasil - Repasse de Comunidade Voltada a Pessoa com Deficiência - Software Livre
Viewed 268 timesYouni é um portal voltado para a pessoa com deficiência, amigos, cuidadores e simpatizantes. Criado por um time de designers e publicitários da UFPE.
Fizemos uso intensivo e quase exclusivo de Software Livre e congêneres durante sua produção: Imgens da Wikimedia Foundation, Gimp para edição de imagens e fotos, Inkscape para os vetores, Joomla, Apache/MySQL, NVDA para leitura de telas, dentre outros.
Atualmente dispomos de amplos recursos, como: Fórum, artigos, banco de empregos, área jurídica, rede social e aplicativo de relacionamento. Tudo interligado ao facebook. E o melhor: O usuário não paga nada para usufruí-los, sem limite de cadastros. Dispomos também de várias ferramentas de acessibilidade: Zoom de tela, teclado virtual e leitor de tela.
Nunca ganhamos dinheiro com Youni e nem foi nossa intenção, pelo contrário, gastamos uma pequena fortuna na manutenção do projeto. Estamos interessados em repassar Youni, por um valor abaixo do preço de mercado para este tipo de criação, para quem possa gerí-la adequadamente.Sua atualização é muito simples para o administrador, tudo pode ser feito via interface gráfica e o backup é rapidíssimo. Além disso, é possível obter 6% de redução tributária para pessoa física e 1% para jurídica, colaborando com uma obra social e melhorarando a imagem da empresa.
O pacote inclui repasse do portal, contas de facebook, twitter e tudo mais, incluindo a marca e domínio. Oferecemos suporte durante o processo de migração e a possibilidade de liberar todo o trabalho (não apenas parcialmente, como está) sob alguma licença livre ou Creative Commons.
Entrem e avaliem:
http://www.youni.com.br
Interessados, entrem em contato com:http://www.youni.com.br/index.php/quem-somos/adquira-youni
PSL-Brasil - Repasse de Comunidade Voltada a Pessoa com Deficiência - Software Livre
Assinar: Postagens (Atom)