A infraestrutura que permitirá à Telebrás oferecer capacidade de internet, cerne do Plano Nacional de Banda Larga, começará a ser preparada em setembro, quando a estatal espera ter concluído quatro licitações para deixar pronta para funcionar a rede de fibras óticas do setor elétrico que será utilizada como veículo de massificação do uso da web no país.

Boa parte dessa infraestrutura de fibras já existe. Resta adicionar os equipamentos necessários para “acendê-la”, instalar os roteadores e agregar os transmissores via rádio, além de torres e antenas para levar a comunicação - segundo o plano - para as cidades até 50 km da rede original. Paralelamente, o fórum Brasil Conectado trabalha nos critérios para a seleção das primeiras 100 cidades beneficiadas.

“Até a segunda quinzena de agosto vamos lançar os termos de referência para quatro editais. A expectativa é que até setembro os editais estejam na praça e no mesmo mês os pregões eletrônicos sejam realizados”, explicou o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, que nesta terça-feira, 3/7, participou da Assembléia Geral de Acionistas para a aprovação do novo estatuto da estatal.

Serão quatro termos de referência, um para cada edital, com o objetivo de colher opiniões dos interessados. Um para os equipamentos DWDM (do inglês Dense Wavelength Division Multiplexing, referente a uma tecnologia para iluminar as fibras óticas); outro para a camada IP da rede - switches, hubs e roteadores; um terceiro os equipamentos de rádio enlace e o último para torres, antenas e os respectivos serviços de montagem.

Nas linhas do PNBL, os anéis Sudeste e Nordeste da rede de fibras óticas serão os primeiros a serem preparados. Com isso, o governo deixa prontas as conexões entre Brasília, Rio e São Paulo com o intuito de substituição dos atuais contratos de rede, além de atacar a massificação do uso da internet pelo Nordeste, uma das menos atendidas do país por esse serviço.

:: Luís Osvaldo Grossmann
* fonte: Convergência Digital