13 de Fevereiro de 2009 - 16h50 - Última modificação em 13 de Fevereiro de 2009 - 17h24
Três mil telecentros serão instalados em todo Brasil ainda este ano, diz coordenador
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após a universalização do acesso aos telecentros com a implantação de unidades em todos os municípios do país, a meta do governo federal para 2009 é distribuir 3 mil novos pontos. A informação é do coordenador de inclusão digital da Presidência da República, Cezar Alvarez. Além de expandir a rede, o próximo passo, segundo Alvarez, é investir na capacitação dos monitores que trabalham nesses locais.
“Precisamos ajudar a qualificar o servidor da prefeitura para que ele não seja apenas um porteiro que abre e fecha a porta, mas um animador digital, cultural”, afirmou Alvarez em entrevista à Agência Brasil.
Os telecentros são espaços com computadores conectados à internet com o uso livre dos equipamentos para a população. Geralmente, eles abrigam entre 10 e 20 micros e uma programação de atividade para a comunidade como cursos de informática básica e oficinas.
Ainda não estão definidos quais estados ou cidades receberão os novos telecentros. O processo será feito por meio de editais. Como todos os mais de 5 mil municípios já estão cobertos pelo programa, o critério de distribuição poderá ser o grau de compromisso das prefeituras com o projeto.
“Eles vão primeiro para os estados e municípios que já tenham um projeto mais estruturado. Vai ganhar telecentro quem mais se dispuser a fazer um trabalho conjunto que dê mais garantia de uso social amplo. Mas claro que o edital tem que contemplar as regiões muito pobres”, explicou o coordenador.
Alvarez calcula que o número de novos telecentros pode chegar a 4 mil em função de emendas de parlamentares do Congresso que solicitam o serviço para os municípios.
Em mil dos 5 mil telecentros já em funcionamento haverá substituição dos equipamentos velhos por outros mais modernos e 4 mil vão receber conexão banda larga.
Alvarez ressaltou que o envolvimento das prefeituras é fundamental para o sucesso dos projetos. “Se não houver responsabilidade das prefeituras, os projetos se extinguem na primeira dificuldade de repor máquinas que ficam velhas ou no primeiro ato de vandalismo”, disse.
Mas um corte no orçamento de 2009 vai atrapalhar a chegada dos programas de inclusão digital ao campo. Nas regiões em que a rede banda larga ainda não chegou, a internet é transmitida via satélite pelo programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac).
A previsão para esse ano era de um investimento de R$ 90 milhões para instalação de 20 mil pontos, mas o recurso final aprovado pelo Congresso foi de R$ 51 milhões. Com o corte, devem ser instalados metade dos pontos previstos inicialmente.
“Especialmente em áreas em que não chega a rede banda larga. Para a gente contratar, temos que fazer chegar por satélite, o que é muito mais caro. Com esse corte, os projetos que estão em rincões em que as redes ainda não chegaram vão ter que esperar um pouco mais, pelo menos até o fim desse semestre”, apontou.
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