10 de Fevereiro de 2009 - 19h43 - Última modificação em 10 de Fevereiro de 2009 - 19h43
Proibir acesso não protege contra crimes na internet, diz especialista
Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Proibir que crianças e adolescentes acessem a internet não é a melhor forma de os pais evitarem que seus filhos sejam vítimas de crimes praticados na rede mundial de computadores. A afirmação foi feita hoje (10), Dia Mundial da Internet Segura, por Rodrigo Nejm, diretor de prevenção da organização não-governamental (ONG) Safernet Brasil, voltada ao combate a irregularidades cometidas por internautas.
“Proibir o acesso e instalar filtros de controle não faz sentido”, disse ele, em entrevista coletiva concedida na sede do Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo. “Pesquisas mostram que 65% dos jovens acessam a internet fora de casa. O que fazer nestes casos?”
Segundo Nejm, os pais devem tentar manter um diálogo franco com seus filhos sobre os perigos existentes na internet para que as crianças e adolescentes sintam-se à vontade para falar dos sites e programas de computadores que acessam. “Se a confiança do filho acaba, o perigo está instalado. A criança vai esconder dos pais o que está fazendo no computador.”
Nejm ressaltou também a importância das campanhas educativas sobre o bom uso da internet. Pesquisa coordenada por ele aponta que 37% dos jovens nunca ouviu falar dos programas de prevenção de crimes na rede. Ainda de acordo com o estudo, 49% dos jovens que conhecem os programas de prevenção afirmam que eles são insuficientes.
Uma cartilha lançada pela Safernet Brasil traz algumas dicas sobre o melhor uso do computador. O livreto, além de outras dicas para o bom uso da internet, está disponível para download no site: www.safernetday.org.br.
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