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A configuração básica das máquinas do programa Computador para Todos, do governo federal, deverá passar por mudanças nos próximos meses, tornando os equipamentos mais potentes e até mesmo mais baratos. A Presidência da República, responsável pelo projeto, estuda atualmente propostas feitas pela indústria de informática, que prevêem a adequação dos equipamentos para deixá-los mais atualizados para os usuários.
O Computador para Todos é um programa lançado no ano passado que permite a venda de máquinas por até R$1,4 mil em 24 parcelas com juros mensais fixos de 2%.
Dentre as possíveis mudanças do programa destaca-se a extinção dos leitores de disquetes, que já não são necessários, pois os computadores já vêm equipados com gravadores de CD. "Com isso, o fabricante gastará cerca de R$ 35 a menos, o que vai baratear o preço das máquinas", justificou o assessor especial da Presidência, José Luiz de Aquino, que coordena o programa.
Uma outra proposta da indústria é substituir a memória mínima dos computadores, exigida pela Portaria que criou o computador popular. De acordo com Aquino, a legislação pede que os equipamentos tenham pelo menos 128 megabytes (Mb) de memória RAM. Porém, por conta dos avanços do setor de informática, já é possível colocar nos PCs um pente de 256 Mb sem elevar o custo do produto.
Agora, o Ministério da Ciência e Tecnologia está formulando um documento para apresentar aos empresários do setor. Caso seja aprovado, o governo deverá submeter às mudanças ao departamento jurídico, para a criação de uma nova regulamentação. Depois, os fabricantes terão um prazo de 90 dias, provavelmente, para se adaptar às normas.
Desde que o Computador para Todos entrou em vigor, há cerca de um ano, já foram vendidos pelo menos 400 mil unidades do PC popular. O objetivo inicial do governo era vender um milhão de máquinas até o fim deste ano. "A indústria está trabalhando de forma acelerada e, se houver demanda suficiente, vamos atingir a marca estimada anteriormente", disse o coordenador do programa.
Sistema operacional
As mudanças propostas pelos fabricantes para o computador popular só vão afetar a parte estrutural das máquinas, o chamado hardware. O sistema operacional continuará sendo o Linux, um pacote de softwares livres, ou seja, programas que podem ser adquiridos gratuitamente sem infringir nenhuma lei de direitos autorais.
Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, a escolha por este tipo de programa serviu para garantir os preços baixos aos computadores. Se o Linux fosse substituído pelo tradicional Windows, da Microsoft, o custo dos PCs certamente subiria. "Se fizéssemos essa alteração, os produto iriam encarecer por conta do pagamento das licenças do programa", explicou Aquino.
Financiamento
Quem tiver interesse em comprar o computador popular pode solicitar financiamentos no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal. Esses bancos têm linhas de empréstimos específicas para a aquisição do PC, com juros de 2% ao mês e prazo de 24 meses para quitar a dívida.
Os dois bancos financiam até R$ 1.200 do valor da máquina, desde que os computadores tenham o selo de autenticação do programa do governo.De acordo com o Ministério, 53 empresas já estão cadastradas para fabricar os PCs oficiais. Para obter outras informações basta acessar o site do Computador para Todos na Internet, no www.computadorparatodos.gov.br. As informações são do Jornal da Tarde.
Fonte: Último Segundo