Viewed 617 timesIniciativa formaliza compromisso de instituições e empresas com o uso de arquivos livres
Com a assinatura do Protocolo Brasília, a Unesp se tornou a primeira universidade do país a aderir ao documento. O acordo foi assinado no mês passado, no 12º Fórum Internacional Software Livre, por Emanuel Rocha Woiski, professor da Faculdade de Engenharia, Câmpus de Ilha Solteira.
Elaborado pelo Governo Federal, o protocolo formaliza o compromisso de instituições e empresas para a adoção dos arquivos ODF (sigla em inglês para Open Document Format) como formato padrão para o armazenamento e a troca de documentos.
Assim, a Universidade estimula a implantação dos softwares livres, que não têm custo de licença nem restrição legal de uso e reprodução, já que o ODF é um formato de arquivo aberto e pode ser acessado por qualquer suíte ou pacote de programas de computador.
foto por Vitorio Furusho
O primeiro câmpus a adotar o uso de softwares gratuitos foi Ilha Solteira, em 2007, quando a Faculdade de Engenharia passou a utilizar o BrOffice (atualmente chamado LibreOffice) – programa de computador destinado às tarefas de escritório com aplicativos que incluem editor de texto, planilha eletrônica, entre outros. Na mesma época, também foi adotado o Linux, um sistema operacional gratuito. Com as mudanças, a unidade estima uma economia de cerca de R$ 120 mil por ano.
foto por Vitorio FurushoA adesão ao Protocolo Brasília está alinhada com as propostas do Comitê Superior de Tecnologia da Informação (CSTI) da universidade por meio do Fórum Técnico Consultivo de Software Livre. “A assinatura de um protocolo federal que facilita o acesso de toda a sociedade aos documentos satisfaz a missão de uma universidade pública de colaborar para a disseminação do conhecimento e tornar o conteúdo produzido dentro da universidade acessível a todos”, avalia Woiski, que também preside o fórum técnico da Universidade.
Arquivos permanentes
Para Edson Senne, assessor-chefe da Assessoria de Informática da Unesp, a iniciativa também revela que a instituição está de olho no futuro, pois a adesão ao protocolo é fundamental para a preservação dos documentos da Universidade. “A utilização do padrão aberto garante que os arquivos continuarão acessíveis por muitos anos”.foto por Vitorio Furusho
O coordenador de implementação de software livre na Universidade, Valdir Barbosa, que está realizando workshops e palestras de conscientização nos câmpus da Unesp, levanta outra vantagem para a adoção do Protocolo. “Desde que Ilha Solteira instalou o Libreoffice e o Linux, diminuíram as demandas para o suporte técnico, já que os sistemas têm baixa incidência de vírus. As máquinas funcionam melhor.”
Wolski ressalta que a economia com a utilização dos programas gratuitos poderá ser revertida para outras necessidades da Universidade, como a área de pesquisa.por Bruna Kalaes
* fonte: UNESP
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