6 de Novembro de 2008 - 14h03 - Última modificação em 6 de Novembro de 2008 - 14h03
Evento de inclusão digital debate desafios de telecentros e ampliação da banda larga
Sabrina Craide
Enviada Especial
Belém - A necessidade de adequação dos telecentros à realidade atual, na qual o acesso à internet está muito facilitado, foi um dos temas debatidos hoje (6) durante a 7ª Oficina para Inclusão Digital, em Belém. O diretor do Instituto de Pesquisas e Projetos Sociais e Tecnológicos, Carlos Seabra, destacou a importância dos telecentros no aprendizado do uso da internet. Segundo ele, embora o acesso em cyber cafes e lan houses seja mais livre, nesses locais o conhecimento não é repassado.
“O fato de dar um lápis e um papel para um analfabeto, não significa que ele vá aprender a ler e a escrever. E é esse papel que os telecentros têm”, disse. Ele criticou o excesso de cursos existentes em alguns telecentros e a proibição do acesso à rede de relacionamentos Orkut e a programas de bate-papo como o MSN.
Para Seabra, os telecentros também têm que estar atentos para a importância do uso do celular integrado à internet, e devem oferecer mecanismos para ampliar essa possibilidade, como os cabos necessários para descarregar no computador as fotografias tiradas com o celular. “O uso integrado do celular com internet é uma realidade cada vez maior, e os telecentros precisam atender a essa demanda também”, disse.
Para a coordenadora do programa BH Digital, da prefeitura de Belo Horizonte, Silvana Veloso, a parceria entre governo e sociedade civil é fundamental para a inclusão digital no país. “Nós não podemos instalar um telecentro e deixar o uso livre como uma lan house, temos que oferecer e sistematizar conteúdos para a comunidade”, afirma. Para ela, a internet pode ser considerada o quinto poder na sociedade atual.Outro tema debatido hoje foram os desafios da utilização da banda larga no Brasil. Rodrigo Assumpção destacou que é preciso integrar a estruturas de fibras óticas implantadas no país. Segundo ele, o Ministério das Comunicações disponibiliza atualmente, por meio do programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac), 3,5 mil pontos de acesso implantados em 2,2 mil municípios. Segundo ele, um novo contrato irá contemplar 12 mil pontos em todos os municípios do país.
O diretor também informou que as operadoras de telefonia se comprometeram a fornecer conexão banda larga a 56 mil escolas urbanas até 2010. O número representa 87% dos alunos da rede pública do país. A garantia foi dada por meio de um decreto que trocou a obrigação das operadoras de telefonia em instalar Postos de Serviços de Telecomunicações (PSTs) pela de levar aos municípios um sistema chamado backhauls, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga.
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